setembro 17, 2003

Lamentamos pelo Mundo e pelo Bombarral

Lamentamos pelos americanos e por todos os cidadãos do Mundo que morreram, no dia 11 de Setembro, no trágico acto terrorista ao WTC ao Pentágono ( alvo militar) e aos 4 aviões que se despenharam, este dia ficará na memória de todos como um dos dias mais negros da história da humanidade no século XXI.
Mas, por lamentarmos também não quer dizer que estejamos de acordo com a guerra que os americanos querem trazer para a Europa, porque será que eles nunca a fazem guerra no país deles ?
Hoje, vimos os americanos a pedir a solidariedade do Mundo e nós Portugueses fomos dos primeiros a manifestar o nosso apoio, mas onde estava a solidariedade dos americanos quando eram MASSACRADOS 200 mil Timorenses pelos governos Indonésios apoiados por estes mesmos americanos e onde estava a solidariedade dos mesmos nos massacres da Jugoslávia ?
Lamentamos, pelo mundo, o massacre de inocentes que aconteceu no WTC no Pentágono e nos 4 aviões despenhados, mas não queremos os americanos a guerrear na Europa, pois a crise económica que dessa guerra adevem seremos nós europeus e bombarralenses que a vamos pagar !
Não que nós no Bombarral não estejamos já habituados a crises, ele é a crise da pêra rocha a crise da batata, a crise da auto estrada a crise da rua do comércio a crise do presidente da câmara a crise dos vereadores a crise dos candidatos, ele são tantas crises que quase já não há crise que nos afecte ....
Mas não é verdade ele ainda há crises que nos afectam !
E as más decisões camarárias são sem duvida as crises que mais nos afectam no nosso dia a dia, senão vejamos, hoje, pago por nós todos, circula um edital nos jornais do nosso concelho onde se diz que há um vereador que, há 20 anos, não cumpriu um contrato de empreitada com a Câmara Municipal, (estará este vereador a pagar por algumas guerras, (de má fé ?), que iniciou contra um já falecido presidente de Câmara), mas se isto é grave, não é muito mais grave que o presidente da Câmara, fizesse eleger este vereador na sua lista, durante os seus mandatos, e mais grave que nos ande há 8 anos a fazer promessas que não cumpre, não é isto um desrespeito tão grande como o desrespeito que é dado aos símbolos nacionais, por estes políticos do Bombarral e por algumas varejeiras que militam perto deles em busca de uma glória que não tem nem nunca conseguirão alcançar.
Se por um lado vimos os americanos com rasgos do mais puro patriotismo, por outro lado vimos no Bombarral o único local onde a Bandeira Nacional ,não tem casa por isso, dorme na rua.
Já não bastava que o tribunal e o hotel, deixem a Bandeira Nacional a dormir na rua, para agora também, pela mão dos responsáveis municipais, termos a Bandeira Nacional eternamente no pórtico da feira da pêra, se as primeiras não são da responsabilidade política (?) camarária já a Segunda o é, mas, numa câmara onde ninguém se entende, só nos basta esperar por um milagre, que não vai acontecer, pois tudo indica, pelos candidatos anunciados, que nas próximas eleições tudo vai ficar na mesma, e o Bombarral, cada vez mais aldeia, vai durante mais 4 anos marcar passo deixar passar as oportunidades de investimento e ser ultrapassado por outros concelhos e vilas que á meia dúzia de anos não passavam de aldeias.
Lamentamos, ainda, que o pórtico da feira da pêra não tenha sido desmontado, mas compreendemos que com o desbaratar de dinheiro desta câmara não haverá depois dinheiro para o montar no próximo ano, por isso até propomos que seja repintado, iluminado e inaugurado como uma obra do regime laranja.
E assim já não lamentamos que não se retire a Bandeira Nacional, pois pode servir de "espantalho" para afastar algum "corvo" que por esses lados anda a esvoaçar ?
Um abraço até á próxima do vosso amigo Amâncio Malta

junho 30, 2003

Hoje homenageámos um grande homem



Hoje homenageámos um grande homem. José Maria do Rosário Guilherme.

Sobre José Maria do Rosário Guilherme, 1º Presidente da Câmara Municipal do Bombarral eleito pelo CDS, desde 1976 a 1989.
Dizia em Agosto de 1982, a Revista Municipalismo: Sobre o seu impulso, o Bombarral alcançou um acentuado ritmo de desenvolvimento, traduzindo a sua maneira de ser dinâmica e empenhada, patenteada ao longo dos seus mandatos .

março 14, 2003

Santa aliança


A propósito de uma "Santa Aliança", diríamos que o inicio do conhecimento é a descoberta de algo que não entendemos
Por uma ironia do Destino, caprichoso e versátil em surpreender-nos nesta insondável coisa que é a vida, nesta semi democracia sui generis que nos permite viver, no Bombarral, eis que o PSD está todo junto outra vez, os bons filhos á casa tornam.
Nem sempre a analise da nossa existência política se fica a dever ao exclusivo uso da razão.
De forma intuitiva, por vezes em sentimentos inspirados pela capacidade exclusiva, de vira casacas, que alguns políticos trazem em si, desde o momento em que nasceram, se percebem os artistas, antes independentes, com as mutações evolutivas que sofrem com o passar do tempo, da mesma forma que um velho marinheiro pressente a tempestade que ainda está longe, este acordo e união entre o PSD e o Movimento Bombarral 1º, há muito que era aguardado.
Ou seja os independentes, (?), vêem o que é invisível ao comum dos mortais, vêem com os olhos da alma o que os outros partidos, não conseguem ver com os olhos do corpo.
Talvez para descermos à realidade do concreto me atreva a escrever o sacrilégio, numa crónica, de definir o Movimento O Bombarral 1º como o barómetro da política do concelho em que vive e em que está inserido.
Mas para além desta sensível percepção, que roça nos limites do pressentimento, para além desta dissecação espiritual da política em que o Movimento O Bombarral 1º vive e se insere e que é, por vezes, uma premunição em que as bases são alheias, se vêem os artistas obrigados por circunstancias ocasionais, ou talvez não, a usar os acordos como arma para atingir os fins a que sempre se propuseram, voltando, assim á casa de onde nunca quiseram sair, como paladinos da salvação dos superiores interesses do concelho do Bombarral.
Esta simplicidade, aparente e difícil, tem sido espelhada ao longo deste mandato autárquico, numa luta sem resistir á viabilização de todos os orçamentos que são apresentados ás Assembleias Municipais e renegando todas as ideias apresentadas.
Ao de cima vem, porém, " À flor do restolho, algo mais...."
O Movimento O Bombarral 1º , medita, agora, pelo céu lembrando o chão pisado nas correrias do passado e vê um, invisível, cordão umbilical que o liga a algo que foi o seu Paraíso Perdido e paira, bucólico, " No alto, ...", sem sincronismo no tempo esquecendo o vermelho recente do ódio, para renascer na realidade o verdadeiro Movimento O Bombarral 1º, mesmo que esta dádiva, de regresso á casa, não seja compreendida e aceite pelos que nele votaram, e dê ao Movimento O Bombarral 1º, o rosto do palhaço de quem o Povo ri.
O sentido do "ontem", o sentido do "agora", o sentido do "amanhã", entre o PSD e o Movimento O Bombarral 1º, separados por tão curto espaço de tempo, reflecte que nunca estiveram separados nem nas origens nem na política, são estas origens, que reflectem a sua dependência e não a sua independência e perdurarão através do resto deste mandato autárquico, sejam quais forem as vicissitudes em que mergulhe o Concelho do Bombarral contra a nossa vontade.
Quando, depois de patentearem a sua coragem e afirmarem-se independentes, para lutar contra o despotismo e a má gestão autárquica, o Movimento em que muitos se negaram a si mesmos para agradarem, servilmente, a quem muitas dessas culpas tinha, surgem agora tal salvadores juntos esquecendo o "agora" e lembrando o "ontem" outra vez.
No "agora" e no "amanhã" a luta pelo desenvolvimento do Concelho do Bombarral, e o direito a esse desenvolvimento, passam pela negação da cobardia na política, pela maturidade e pela estratégia.
Se todos os que votaram Bombarral 1º, levantarem a voz e repudiarem pactuar com a traição dos que querem, lugares de tempo inteiro, não precisarão que as gerações futuras perguntem por eles. Porque serão lembrados: Uns como gente de bem na política. Outros como réprobos e como traidores aos compromissos que assumiram com quem neles votou.
Temos um Concelho. E não uma coutada política onde uma minoria nos tutele numa menoridade mental que devemos repudiar.
Rio... dos Movimentos amorais;
Rio... por que há Vereadores desertores !
Rio... dos acordos nada laborais;
Rio... do meu Concelho que sofre horrores!