outubro 23, 2019

E agora ? ... Cds.


Quem me conhece, sabe que fui durante anos, muitos anos militante, dirigente local, distrital e nacional do CDS, o primeiro partido fundado e legalizado em 1974.
O resultado nestas eleições legislativas veio fortalecer e dar razão às posições que sempre assumi e defendi dentro do CDS até á minha saída e mesmo após a desfiliação partidária. Uns preferiram manter-se dentro do partido para tentar mudar mentalidades, outros, como eu, decidiram não compactuar com esta forma de fazer política no CDS desde 2000.
O CDS é uma sociedade unipessoal. Sem militantes e sem bandeiras. O CDS caiu no sistema, unipessoal, de vários cargos para poucos. O CDS não soube aumentar a sua militância e base de implantação com a distribuição dos cargos partidários e de estado pelos seus militantes.
Optando por ter dirigentes com 4 e 5 cargos dentro e fora do partido, garantindo assim a unipessoalidade do partido.
Lembro-me até porque fui um dos organizadores da famosa “Campanha da Terra do CDS” aquela que foi uma das bandeiras do CDS os problemas da ruralidade e do mundo rural que, juntou milhares de pessoas e angariou milhares de militantes para o CDS.
O ganho do CDS enquanto partido unipessoal qual foi, para além de além das 36 câmaras que teve e dos 317 vereadores, hoje em 2017, tem 6 câmaras e 41 vereadores.
O CDS um partido, fundado no berço da democracia portuguesa, de matriz democrata cristã e ideologicamente de centro-direita, navega hoje em águas ideológicas desconhecidas dos poucos militantes que vão restando e tentando cerrar fileiras para evitar a queda inevitável que já se deu nestas eleições legislativas.
O CDS um partido que chegou a ter um grupo parlamentar de 46 deputados consegue, hoje, ter o pior resultado de sempre na história centrista desde 1987, seguindo aliás, também o já alcançado nas eleições europeias que também teve os piores resultados de todos os tempos.
Será deveras interessante verificar como se vai posicionar-se o CDS, entre os recentes eleitos, Iniciativa Liberal e o Chega, na minha opinião, eleição, conseguida com votos tradicionais do CDS que viram o CDS fugir da sua matriz ideológica sem metas nem rumo.
O CDS já esteve no passado em situação idêntica, mas, nesse passado teve em 1995 militantes e uma base eleitoral politizada que acreditava na sua matriz ideológica e na sua carta de princípios. Era um partido democrata-cristão com bandeiras nacionais e com grande apoio popular junto da agricultura.
E hoje, o que podemos esperar do CDS para se regenerar se continua com dirigentes apostados em continuar numa agenda pessoal e agarrados a lugares.
Se o CDS se libertar de estigmas de vaidade e curar um problema que tem criado ao longo dos anos que é o de convidar e colocar dentro de casa “trainees” que só afastam os mais antigos que nunca são chamados aos cargos nem á gestão. É preciso juntar “antigos” com os jovens que ainda militam na Juventude Centrista para que o CDS não comece a dar ainda mais sinais de desgaste e termine a sua função na democracia portuguesa. (20/10/19)

março 07, 2019

A propósito de uma reunião no Carvalhal


Já 15 meses passados da eleição autárquica com tantos estudos e levantamentos, quando este mandato acabar os nossos autarcas já são todos doutores.
Não podem os eleitos desculparem-se que não fazem obra por causa das dividas que os anteriores deixaram, quando se é candidato tem que se saber e estar preparado para as dividas que se vão receber. Diria que isto são desculpas de mau gestor.
Tudo isto a propósito de uma reunião na Freguesia do Carvalhal em que se esperava que o presidente da câmara e os seus pares viessem apresentar as suas propostas e as novas obras para a freguesia e afinal não trouxeram nada de novo.
Os 25 fregueses presentes na sua maioria pediram esclarecimentos para saber da resolução de problemas existentes, á sua porta, a resposta pronta foi a de que é necessário estudar o assunto para encontrar uma solução, algums dos problemas, segundo os habitantes já vêm do anterior mandato do PS, liderado por Carlos Serafim.
Às perguntas diretas de para quando o alcatroamento das estradas da Ramalheira/Vermelha, Salgueiro/Óbidos e Casal Cigano/Óbidos, foi respondido que a situação está em estudo.
A pergunta sobre a resolução do largo do Barrocalvo, a mesma resposta, está em estudo a situação e quando apresentada uma proposta de solução, a mesma resposta: está em estudo a situação.
Quanto ás inúmeras ruínas que grassam pela freguesia e pelo concelho, ai também estão a fazer o estudo e o levantamento para fazerem..., não disseram o quê.
Perguntas sobre o PDM foram “respondidas” com pouca ou nenhuma convicção, mas, ficámos todos a saber que o senhor presidente da câmara, diz que quer o futuro Hospital do Oeste no Bombarral, mas, por uma questão estratégica não defende o a instalação do mesmo no Bombarral abertamente por acha que a solução passa por serem os outros a propor esta solução. 
Estranha estratégia em que eu quero uma coisa, mas não digo a ninguém que a quero!
Conclusão a presidência, e seus assessores, não veio ao Carvalhal apresentar propostas, veio isso sim pedir aos habitantes que apresentem propostas e ajudem o executivo com propostas, que após, mais uma vez, estudo (se) possam executar.
Isto é sem margem de duvida o inverter do mandato autárquico, vir pedir aos fregueses que apresentem propostas e soluções para a sua terra, porque “nós” não as temos.
Isto não é mais do que a confirmação do que há muito digo este executivo não foi eleito por mérito e programa próprio, que não tem, mas por demérito da oposição.
Bombarral, está escrito na noite que ainda não é desta que vais ver o sol a brilhar.
Luis Montez, freguês e eleitor no Carvalhal.

fevereiro 28, 2019

Eles pensam que eu esqueci

Pois é, esta na hora de voltar ao activo e emitir a minha opinião, lê quem quer e comenta quem pode ou sabe.
Estou a escrever um artigo para memória futura daquilo que foi a minha longa passagem pela politica e nomeadamente pelo CDS, sem rodeios e com os nomes nos toiros todos, doa a quem doer até porque já cheguei a uma idade em que não tenho que aturar alguns senhores que se julgam DDT e os únicos detentores da verdade histórica na politica do Bombarral, terra que me acolheu há 45 anos, e que se alguma vez tiveram aspirações fui eu que lhas apontei, as preparei e os lancei.
Em breve neste blog.