outubro 12, 2016

Nós não vamos fracassar.

Num mundo que muda à velocidade da luz e onde se pensa que tudo é fácil e rápido, o sucesso está reservado para os que conseguem fazer diferente e inovar no que fazem e para os que fazem o que nunca foi feito.
Quando definimos metas demasiadamente elevadas, se houver fracasso, esse fracasso ainda ficará acima do sucesso de todos os outros, pois definiram metas facilmente atingíveis.
Nós elevamos a fasquia e não pensamos nem nos apetece dizer… vamos lá fracassar!
Nós não somos de fracassar, nós somos candidatos porque queremos governar a câmara municipal do Bombarral e sabemos que para além dos muitos milhões que há para investir e a que nos podemos candidatar no programa Portugal 2020, há igualmente pequenos investimentos de âmbito privado e municipal, mesmo muito pequenos, nomeadamente nos principais locais de interesse turístico e na qualidade urbana, e não só, que podem ajudar em muito ao desenvolvimento deste concelho e num “Programa Concelhio de Reformas”.
Provavelmente até podem chamar-lhe minudências. Mas, são umas iluminações aqui, uma “agulha ali, mais umas limpezas e umas pinturas acolá ou até só uns rebocos além, etc…etc…, são tantos os casos que até os considero como o “last ou first step” do concelho.
Ou seja, definimos uma estratratégia fizemos um levantamento das necessidades e das prioridades e focámo-nos numa candidatura á presidência da câmara municipal do Bombarral, temos capacidade e queremos trabalhar para que o concelho seja colocado no sítio certo.
Esta estagnação em que vivemos “actualmente” pode arruinar-nos. Parece que não precisamos de fazer e aprender coisas novas nem de alcançar mais e melhor todos os dias. A actual gestão não sai da zona de conforto que definiu, e vai gerindo “levemente” sem afrontar ninguém deixando assim relaxar o estado do concelho. E é com este estado de espírito que nos trouxeram até aqui.
Tanto na autárquica como em qualquer outro negócio é preciso focarmo-nos nos clientes, conhecê-los, perceber as suas necessidades e motivações. Deve ser um desígnio dos autarcas e gestores de Infra-estrutura potenciar os níveis de desempenho do seu tecido empresarial, pois estes são fundamentais para o sucesso da autarquia e da riqueza dos seus munícipes. Uma autarquia competitiva não pode deixar-se  “adormecer”. Numa autarquia que se quer desenvolvida tem de se ser consequente, decidir com transparência, clareza, de forma estratégica e sustentável.
Não é possível continuar a ouvir dizer que o concelho é está parado... Pois o que eu penso é que há muita gente parada e não concelhos parados.
Haja equilíbrio nas políticas de investimento e na forma cuidada de aplicar as receitas.
Temos de ter uma política de investimento assertiva, regulada e com condições de acesso igual para todos.
Tenho, ao longo da vida, visto que há sempre dois caminhos, o caminho dos motivados, que fazem... E o caminho dos desmotivados que reclamam. Há ainda pessoas que ouvem bons conselhos e pessoas que não ouvem.
Não há sucesso sem equilíbrio nem sem compromisso. E eu assumo o compromisso de fazer diferente e fazer mais e melhor pelo concelho do Bombarral
Desculpas são desculpas, promessas são promessas...
Mas nós vivemos de resultados! 

Luis Godinho Montez

Candidato a Presidente da CMBombarral

setembro 24, 2016

2017

Se os bombarralenses continuarem a fazer o que sempre fizeram, os bombarralenses vão ter o que sempre tiveram.

2017 é a oportunidade de marcar um novo recomeço para este concelho e para este povo.
O meu maior desejo é que o concelho do Bombarral saia fortalecido das próximas eleições autárquicas e que a realidade que dai surja seja a esperança do início de uma estratégia sustentada que aposte na salvaguarda da população, no crescimento económico, no ambiente e saneamento básico, no património e cultura, na educação, na acção social e em outras infra-estruturas essenciais para o desenvolvimento do concelho do Bombarral.
Esta terá de ser a nova realidade de um concelho, hoje, pobre sem estratégia e longe da população.
Temos de reconhecer a crescente dependência do concelho pela sua câmara municipal.
Mas o futuro abriga-nos a diminuir esta dependência do concelho, é necessário aproveitar as ideias boas que vêm do exterior e existem em cada munícipe como forma de criar condições de desenvolvimento económico e apoiar a criação de emprego.
Nos últimos anos, muitas pessoas partiram deste concelho á procura de melhores condições de vida, a crise veio revelar a fraca sustentabilidade do concelho e é preciso inverter este facto e enfrentar os desafios com que o concelho está confrontado.
Continuamos sem saber se será ou não uma realidade a construção do parque temático, por isso temos que ter outras metas e criar alternativas que nos permitem caminhar para a sustentabilidade que o Bombarral merece.
O Bombarral e a sua população precisam de uma nova motivação para que possamos aspirar a um concelho mais atractivo e melhor preparado para o futuro que todos desejamos.
2017 será o momento da verdade para o Bombarral. O marasmo constitui o sinal de alarme e a manter-se a falta de uma estratégia planeada, o envelhecimento e falta de manutenção do património a não execução de obra para o bem-estar da população numa lógica de continuidade condenar-nos-ia a um declínio gradual e a ocupar um lugar de plano terciário na ordem dos concelhos da AMO.
Temos de ser audazes e ambiciosos, a nossa prioridade será assegurar uma estratégia com êxito que nos permita encarar o futuro com optimismo e nessa estratégia cabem todos os bombarralenses residentes e ausentes, toda a população com raízes e ligações ao concelho do Bombarral.
Para construirmos um futuro sustentável temos que introduzir medidas que contem com o apoio da população e que leve em conta os seus anseios, temos que tratar todos de igual forma desde os mais necessitados aos mais abastados, temos que ter uma visão diferente no tratamento das situações e temos de ter sempre como meta principal a não utilização e ou a cobrança de favores, sejam eles políticos ou não.
O nosso foco será sempre trabalhar para o bem-estar da população e fazer obra para essa população de modo a poder proporcionar o seu bem-estar social e o seu crescimento económico. O nosso foco será sempre criar condições para a instalação e crescimento de empresas privadas com vista á criação de empregos ao pagamento de impostos municipais e ao crescimento económico dessas empresas.
O nosso foco será servir o concelho do Bombarral sem horário de forma a impormos as nossas condições como concelho nos locais de decisão municipal.
Os concelhos que partilham da nossa análise são aqueles que mais cresceram e mais condições criaram para as suas populações.
Se outros conseguiram, nós também podemos conseguir fazendo mais e melhor, fazendo diferente.
Teremos para isso de, em conjunto, passar à acção, dispomos de muitas ideias e dispomos de uma mão-de-obra, populacional e municipal com muito talento.
Temos confiança na nossa capacidade e acreditamos nas pessoas do nosso concelho para unirmos esforços, para concretizar os nossos principais objectivos concelhios: criação de emprego e inovação, alterações estratégicas de gestão, educação e luta contra a precaridade e pobreza.
Estes objectivos marcam o rumo que deveremos seguir e constituem a referência que nos permitirá avaliar os progressos alcançados.
Embora ambiciosos, estes objectivos estão ao nosso alcance e serão acompanhados por propostas concretas destinadas a assegurar a sua realização.
Para isso contamos com a população do concelho do Bombarral e com todos os eleitos em 2017.
Todos juntos vamos fazer melhor, vamos fazer diferente.

setembro 03, 2016

Ainda bem que isto vai mal, porque isso é a nossa salvação

Ainda bem que isto vai mal, porque isso é a nossa salvação. (Fernando Pessoa)

O estado actual do concelho é a continuação do estado das coisas desde há muitos anos, com simplesmente isto a mais: a abolição de obra nova ou de manutenção e, o empobrecimento do comércio local, são por si só a abolição de recolha de receitas.
Aliás este facto a manter-se impede sequer a pensabilidade de melhorar esse estado de coisas. Porque é sempre igual é a manutenção de uma politica errónea ao longo dos últimos anos e isso é i, será não a causa, mas a consequência de um progresso não existente. A [...] política seguida ao longo dos anos indica-nos que uma corrente social-democrata se tem substituído a outra no poder; mas essa substituição não é feita como a de um peão por uma rainha no xadrez. O estado a que chegaram as coisas quer economicamente quer socialmente quer mesmo nas relações interpessoais municipais não mudam de momento nem com o final das férias politicas; começam sim a exercer-se sobre elas, obscuramente, a influência de um poder instalado que não quer que uma outra corrente diferente e melhor, diria mesmo purificadora, que lentamente vai tentando alterar esse modo-de-ser “social”.
Claro está que com o final das férias politicas e, com o regressar dos mesmos protagonistas e das mesmas ideias e formas de actuar, o aproximar das eleições autárquicas tem muita influência para que os munícipes percebam de uma vez que os homens que estão à frente dessa corrente no deslizar rápido e gradual de (...) um concelho que teima em se atrasar e manter antiquado são os mesmos que — por falta de sinceridade [?], de modéstia e de competência, nos governam o concelho há mais de vinte anos.
Gradualmente, diariamente o pouco bem que resta vai sendo substituído pelo mau, pelo mau estado das vias públicas, pelo mau estado dos edifícios em ruína, pelo mau estado do saneamento básico, pelo mau estado das condições de ensino, pelo mau estado das condições de saúde, pelo mau estado das condições de segurança, pelo mau estado dos espaços urbanos, pelo mau estado dos parques infantis, pelo mau estado geral do concelho do Bombarral.
É impensável chegar ao estado de desenvolvimento de concelhos vizinhos, continuando a seguir este caminho sem estratégia e sem rumo.
É importante fazer mais, fazer melhor e fazer diferente!
É importante a substituição imediata na diferença de pensar e gerir o concelho. Nas próximas eleições autárquicas temos que mudar os homens do poder de forma a mudarmos a maneira de pensar, as ideias de fazer, a forma de fazer mais, melhor e diferente.
É preciso pôr esta ideia no horizonte e não a perder de vista, para que se não erre mais uma vez a possamos mudar para melhor o actual estado de coisas no concelho do Bombarral.

Candidato a Presidente da Câmara do Bombarral 2017
#fazerdiferente #fazermelhor


abril 26, 2016

Sempre actual 25 Abril em 2004

PARA MEMÓRIA FUTURA: Abril 2004: DISCURSO DE 25 DE ABRIL DE 2004 Senhor Deputado á Assembleia da República, Senhor Presidente e restantes membros da Mesa da Assembleia Muni...

março 03, 2016

Temos que agarrar o futuro ...

Já não faz sentido quando estamos doentes que sejamos transferidos para os hospitais de Lisboa.
E não é o aumento de 30 ou mesmo 50 camas de tornam o hospital das Caldas mais moderno ou mais bem apetrechado e que fará com que não sejamos transferidos.
Já é tempo das populações e das autarquias revindicarem uma unidade hospitalar que sirva todo o Oeste e em que não seja necessário transferir doentes para outros hospitais.
A construção de uma nova unidade hospitalar com serviços especializados e com uma urgência com capacidade e pessoal, não obriga ao fecho das já existentes, obriga sim á sua requalificação e a uma oferta de serviços médicos diferente e com espaço para atendimento personalizado e de qualidade.
O Oeste é uma região bem servida de infra-estruturas rodoviárias com a AE8 a A15 e o IP6, conta ainda com a linha ferroviária do oeste e também com a rodoviária tejo e a sua rede de expressos.
Ora todas cruzam de norte a sul de este a oeste o concelho do Bombarral, fazendo por isso com que seja o concelho mais bem situado para a instalação desta nova unidade hospitalar.
Mas, nada acontece por acaso e, para que este sonho possa vir a ser uma realidade é necessário que haja uma grande união entre todos, cidadãos, autarcas e deputados e que todos eles deixem cair preferências partidárias e que lutem como lutavam os antigos bombarralenses quando estava em causa a unidade e os interesses do Bombarral.
A construção do novo centro hospitalar do oeste a acontecer no concelho do Bombarral, será o renascer de um concelho á muito sem estratégia nem rumo de crescimento. Esta oportunidade será uma lufada de ar fresco na economia local á tanto tempo estrangulada.
A construção desta unidade irá ser espaço hospitalar para servir uma população perto dos 350 mil habitantes, segundo os censos de 2011, provenientes de parte do concelho de Alcobaça e dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Lourinhã, Torres Vedras, Sobral da Monte Agraço e Mafra.
A acontecer este hospital trará para o Bombarral diariamente centenas de pessoas, incluindo médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar e pessoal administrativo para além dos empregos indirectos que criará. Com esta construção iremos assistir á instalação de empresas ligadas ao sector e que fornecem o sector, para além das muitas famílias que se instalarão no Bombarral com a compra ou o aluguer de habitação.
Serviços de limpeza, alimentação e pessoal auxiliar será uma nova fonte de rendimento para a região e nomeadamente para o Bombarral onde muitos irão fornecer produtos e serviços.
Em tempos já passados os ex. presidentes das câmaras de Óbidos, Telmo Faria e de Caldas da Rainha, Fernando Costa, já conversavam na possibilidade desta unidade hospitalar vir a ser instalada do concelho das Caldas com o apoio de Óbidos.
Nunca o Bombarral reuniu a possibilidade de constituir um “lobby” de influência tão importante como agora em que existem pessoas no parlamento e no governo profundamente ligadas ao Bombarral.
Como escrevi inicialmente é importante que todos remem para o mesmo lado de forma a trazer para a nossa terra esta importante unidade hospitalar.
É também urgente que a câmara municipal informe os munícipes de que é possível este hospital ser instalado no Bombarral e é também muito importante que a câmara manifeste interesse em criar um movimento de apoio á localização do novo centro hospitalar do oeste no Bombarral e começe a juntar apoios de outras autarquias.
Se todos nós, cidadãos e entidades criarmos esse movimento, ninguém no futuro nos poderá acusar de inércia.
Não pode a câmara Municipal nem os autarcas, hipotecar ainda mais o Bombarral nem decidir sem ouvir a população.
O passado dá-nos bons exemplos, basta segui-los e assim homenagear a memória dos grandes bombarralenses já falecidos.

fevereiro 19, 2016

Queremos o novo Centro Hospital do Oeste no concelho do Bombarral.

Sim, o que a maioria dos bombarralenses não sabe é que o novo Centro Hospitalar do Oeste pode vir a ser construído no concelho do Bombarral.
E é bom que se passe palavra a todos com esta informação para que todos saibam que o Bombarral pode ter um Hospital Regional.
É urgente começar a movimentar toda a gente e iniciar uma vaga de apoio á construção do novo Centro Hospitalar do Oeste no Bombarral com todos os políticos de raízes bombarralenses, quer os que estão no Governo e na Assembleia da Republica, quer os que estão na Câmara e na Assembleia Municipal.
Mas só isso não basta, é necessário que os bombarralenses iniciem e construam um movimento de apoio e de pressão ao governo para que essa construção possa vir a ser uma realidade no nosso concelho.
Nenhum concelho que é e que virá a ser servido pelo novo Centro Hospitalar do Oeste reúne tantas condições para que essa instalação como o Bombarral que logisticamente é servido pela Auto-estrada do Oeste A8, pelos caminhos-de-ferro e pela Rodoviária do Oeste e, fica no centro da região dos utilizadores compreendida por cerca de 294.000 habitantes dos concelhos de parte de Alcobaça, de Caldas da Rainha, de Óbidos, de Peniche, de Lourinhã, de Torres Vedras e de parte de Mafra.
A Câmara é proprietária e existem terrenos que podem ser utilizados para esse fim ou em alternativa, se assim o entender, a Câmara pode comprar ou expropriar terrenos para proceder á instalação do novo Centro Hospitalar do Oeste.
A instalação do Hospital do Oeste apesar de só vir a seu uma iniciativa governamental para a próxima legislatura deve começar desde já a movimentar as pessoas e a pressionar as instâncias superiores para poder vir a ser uma realidade.
Esta unidade apesar de ainda não estar totalmente projectada deverá prever um espaço onde ocorrerão cerca de 70.000 consultas e 5.000 cirurgias ano, isto é, uma unidade por onde passarão centenas de utentes diariamente.
O peso económico da instalação de uma unidade hospitalar como esta no nosso concelho modificará para sempre o desenvolvimento local através do movimento que será feito por utentes, médicos, enfermeiros, e pessoal auxiliar para além dos empregos indirectos que serão criados para apoio a esta unidade hospitalar.
Sairão da região e do tecido empresarial local produtos alimentares, manutenções e outros serviços para esta unidade, será iniciada uma nova expansão imobiliária através do movimento e da fixação das famílias e das pessoas que diariamente trabalharão no hospital.
O concelho Bombarral nunca mais será o mesmo, este será sem dúvida o grande passo que o Bombarral necessita para enfrentar o desafio do futuro.
Urge por isso que a Câmara Municipal esteja na génese deste movimento e que gente capaz e com amor as Bombarral e ás suas gentes lute por uma causa que deve ser, e é com certeza, de todos os bombarralenses.
Estamos a falar de uma obra real, sem utopias, e com o investimento garantido do Estado e da comunidade europeia, a instalação do Centro Hospitalar do Oeste pode ser uma realidade no concelho do Bombarral.
Basta para isso que haja competência e que se reúna o “lóbi” necessário para junto do Governo conseguir este fim.
Os concelhos do sul do distrito serão, por certo, nossos aliados. Mais do que nos “umbigos pessoais” está o futuro de um concelho, está o futuro de gerações vindoras.

A construção do novo Centro Hospitalar do Oeste, por onde passarão milhares e pessoas mensalmente, a acontecer no Bombarral será a oportunidade de voltar a pôr o Bombarral no mapa. 

janeiro 25, 2016

A ver se nos entendemos.

Património municipal pode ser qualquer construção arquitectónica, espaço ou conjunto existente no espaço urbano que, pelo seu interesse arquitectónico, histórico, cultural ou social, constitui um bem que deve ser protegido e promovido com vista à sua apropriação pela comunidade municipal.
A ideia intemporal de património municipal, no sentido de possuir e transmitir algo com valor às gerações futuras, ganha cada vez mais propriedades culturais. Património municipal é todo o conjunto de bens que pelas suas qualidades económica e artística caracteriza e individualiza cada lugar e cada cidade ou vila.
O valor memorial tem grande peso na definição de património a preservar, tornando-o tão alargado, genérico e democrático que comporta em si quer a obra erudita, quer a obra vernacular.
Hoje ao falarmos do património arquitectónico do concelho do Bombarral, num passeio rápido pelas diversas freguesias podemos observar um património imobiliário em ruinas que não é cuidado por ninguém, nem por proprietários nem pelo próprio município.
É urgente que o município mande proceder á demolição ou recuperação dos muitos edifícios em ruinas privados ou municipais nas freguesias e na vila ou então em alternativa que proceda ele próprio ao abate ou á recuperação apresentando á posteriori a factura aos legítimos proprietarios ou em alternativa expropriando os mesmos para vender e ressarcir assim o custo dessa manutenção.
Há que ter coragem para tomar as melhores decisões em prol da manutenção patrimonial deste concelho e da sua população.
Verificamos hoje que o município não tem uma política de defesa do património municipal.
Para não falar de casos passados, vejamos o recente caso da casa onde habitou o falecido “Dr. Joaquim de Albuquerque”: devia a câmara deixar demolir o edifício? Sim. Mas com a obrigatoriedade da nova construção manter as fachadas do mesmo, que datam de 1919/20, a exemplo de tantos outros casos no país, porque são um património deste concelho e em especial da vila. Mas para isso é preciso ter coragem e tomar decisões.
Este edifício como outros na vila: a casa do também falecido “Dr. Coimbra”, (na entrada norte da vila) a casa da antiga “sociedade de vinhos Sadias”, (junto á CP) a casa da antiga câmara municipal, (na rua da madalena), o solar senhorial, (antiga oficina junto ao teatro), alguns solares e casas senhorias que pululam pelas freguesias, etc, deviam e devem ser preservados.
A defesa e a valorização do património municipal são factores determinantes no processo de qualificação urbanística dos espaços urbanos, e rurais contribuindo para o desenvolvimento económico e cultural, revelando-se um veículo privilegiado de coesão social.
O Património urbano tem um papel fundamental e insubstituível na simbologia e na imagem das diferentes formas da vila.
Sabemos que muitos bens existem que merecem ser classificados como património municipal, não houve porém ainda a coragem de o fazer, porquê? Existe, no entanto, um conjunto pequeno de bens classificados mas que não pode servir de exemplo do património do concelho, por ser redutor.
A classificação e inventariação do património municipal abrem um novo quadro de ordenamento do território concelhio e levará até á produção bibliográfica sobre esta matéria que é muito limitada.
Há que fazer um esforço para manter a traça original de alguns edifícios e limpar e preservar o espaço urbano das ruinas existentes.
Neste sentido herança municipal pressupõe também história, na qual se transmitem bens arquitectónicos, testemunhos e memórias.
É urgente tomar medidas e decisões, o património desempenha um papel importante na formação da nossa memória colectiva.
Luis Montez

Candidato em 2017