abril 24, 2009

Utopia de Abril

Em abstracto, a utopia é a linha do horizonte.
Desloca-se, quando nos aproximamos. É inatingível. É uma espécie de movimento, que nos deixa sempre longe e apesar de produto dos homens, desliga-se, ganhando existência própria. Por isso não falo de uma utopia. Falo de um tempo e de um espaço concretos. Falo da Revolução de Abril 1974 - que constitui a fundação da nossa democracia.
É de uma revolução que falo. Onde cedo, nesse dia, o povo saiu à rua e não mais a abandonou, forçando e fazendo a história. Bem sei que a memória e a história são terrenos de luta, em que cada implicado usa a sua força para impor uma versão legítima. A sua Versão.
Não pretendo ficar com a chave da histórica para interpretar este acontecimento histórico de tal grandeza e conflituosidade. Aliás, falar do 25 de Abril é abordar a questão das possibilidades da utopia, ou da concretização de utopias viáveis, utopias incorporadas nas pessoas e na sua condição perante com o mundo. Basta olharmos para os indicadores da ruptura na véspera da revolução, a mortalidade infantil era de 40 por mil. Hoje desceu para 5 por mil, em 1960 embora não tão expressivo a população universitária representava apenas 3% da população juvenil. Hoje ultrapassa já os 30% .
Olhamos, assim, com a distância que os anos nos permitem, para a Revolução de Abril como uma Revolução inacabada.
Abril é uma construção permanente. Uma insurgência inquieta. Uma dissidência com objectivos. Sendo utopia, move-nos para horizontes largos de justiça e fraternidade. Sendo viável, exige de nós, a cada momento, a intenção, o impulso e a paixão de ir mais além. Sempre mais além. É desta insatisfação que brotam os magníficos combates. É preciso estar à altura. Aqui e agora. Falar do 25 de Abril é também, aqui no Bombarral, falar de Abel Pereira da Fonseca, grande amigo do Bombarral, presidente da sua câmara municipal, conceituado comerciante de vinhos, criador de riqueza e empregos no Bombarral. Faleceu em 25 de Abril de 1956, precisamente há 53 anos. Pena que os dirigentes de hoje não sigam os exemplos do passado e criem condições de crescimento e notoriedade para o Bombarral. Como em Abril urge, urge uma revolução no Bombarral de forma que a liberdade e a justa homenagem a este notável cidadão aconteça.
Viva Abril, Viva Portugal

abril 04, 2009

Mediocridade

Aproveitar uma boa ideia e por a mesma em prática é um acto de inteligência um acto de boa gestão.
Um gestor ou um autarca que aplica as boas ideias sejam dele ou de outros é um gestor competente e um autarca que pugna pela qualidade e pelo bem-estar dos seus munícipes.
Agora não apresentar ideias para que os outros não as copiem e utilizem, ou utilizar ideias denegrindo a imagem e o mérito de quem as teve isso é um acto de mediocridade.
E a nossa terra infelizmente está cheia de gente medíocre, gente que não tem ideias mas que diz que as tem mas não as apresenta para não ser copiadas, gente sem ideias que aproveita as ideias dos outros mas que não as sabe por em prática e não pede ajuda.
E gente que ao aproveitar-se dessas ideias, tenta logo excluir quem as teve, assim que consegue o “empurrão” para as por em prática e iniciar qualquer actividade ou opinião.
Qualquer projecto tem que ter um criador e, afastar esse criador do projecto é condená-lo á partida ao fracasso, todos, com capacidade, podemos iniciar um projecto que não é nosso mas, se não tivermos conhecimento da genes do mesmo nunca saberemos com iniciá-lo correctamente ou reformá-lo para o pôr em prática para que seja duradouro e cumpra os fins para que foi criado.
Importante é que cada um de nós ao levantar-se logo pela manhã ou pela tarde olhe de frente para um espelho e ao ver reflectida a sua imagem pense em consciência e pergunte a si mesmo quais são as suas reais capacidades.
Era tudo tão fácil se alguns dos medíocres que teimam em querer mandar e ditar ordens se auto-excluíssem da gestão e dos destinos do nosso concelho.
Poucos são os que vejo capazes de definir uma estratégia e reunir uma equipe com capacidade e ideias para pôr em prática de forma a conseguir motivar os bombarralenses e criar condições sócio económicas que nos proporcionem o lugar e o peso que o Bombarral deve ter na região oeste.
Tenho um amigo que diz: - a estagnação do Bombarral só interessa a Óbidos e ao Cadaval, pois essa estagnação é um dos factores que permite que Óbidos e recentemente o Cadaval possam ter mais apoios e possam por mais ideias em prática; – diz e é verdade!
Através de um pensamento, visionário, pequeno e prático, verificamos que nos últimos quatro anos nada de novo aconteceu no Bombarral que fosse da responsabilidade dos actuais gestores autárquicos. As poucas obras realizadas ou acabadas são da anterior gestão.
Posso estar enganado mas, ainda vou ouvir alguns dos actuais responsáveis autárquicos, durante a campanha eleitoral que se aproxima, dizer que a obra é deles pois também estavam na anterior gestão autárquica. Pena que, ao lembrarem-se que estavam nas anteriores gestões autárquicas, não se vejam também no espelho ao acordarem.
Vamos ter 3 actos eleitorais, vamos ser violentados através da TV da rádio dos jornais com tanta propaganda e tanta promessa que quase vamos acreditar que a crise que se vive no País e no nosso concelho é uma ilusão uma ideia da nossa imaginação. Mas não, vamos isso sim tentar ser apagados do que mau nos acontece no dia-a-dia.
Todos, sem excepção, nos vão lembrar de qual é o partido a que temos dado o voto e a que pensamos pertencer, todos nos vão pedir o voto sem demonstrar qualquer preocupação do que tem sido a nossa boa ou má vida, todos nos vão dizer que resolverão os nossos problemas e darão seguimento às nossas crenças e aspirações.
Mas é mentira! Todos vão querer manter o seu “taxo” á custa do nosso voto.
È muito importante que todos votemos e pensemos, desta vez, (se é que é possível), em quem realmente tem as ideias e não se importa de as divulgar nem de as pôr em prática; em quem realmente quer e sabe trabalhar em prol do concelho do Bombarral, (ninguém trabalha á borla); em quem realmente se preocupa e, não de hoje mas, ao longo dos tempos o tem dito que o Bombarral precisa de uma estratégia não para as eleições de 4 em 4 anos mas de uma estratégia a curto e longo prazo que tire o Bombarral do “fundo do poço” em que se encontra e que possa conduzir a nossa terra por um caminho de crescimento com um justo apoio social e uma economia sólida e criativa, onde seja bom investir e onde possamos viver de forma a que todos nos sintamos livres e completamente soltos.

abril 02, 2009

Sofrimento

É importante, que antes de atirarmos fora a comida que temos no prato, pensar nas crianças que estão a morrer de fome!
Em África, há crianças que morrem de fome! No mundo inteiro há crianças a morrer de fome!
Para estas crianças ajuda de todos é muito importante e ainda nem está a começar.
É importante deixar estas crianças viver antes de morrer.
É importante que todos pensemos no que podemos fazer para evitar a morte de uma criança.
Não esqueçamos que a cada segundo uma criança morre de fome
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abril 01, 2009

Chouriço por porco

Há cerca talvez de 10 anos tive o privilégio de assistir ao vivo a um espectáculo da Lena d'Água e fiquei maravilhado.
É uma pena ter sido tão mal tratada pelas editoras que a esqueceram depois dela lhes ter dado muito dinheiro a ganhar nos anos 80.

E agora Lena d'Água está obrigada a viver paredes meias com um porco, para já não falar nas galinhas e nos coelhos que fim-de-semana após fim-de-semana vê serem abatidos para repasto dos donos do porco.
Quando decidiu morar na aldeia de A-dos-Ruivos na freguesia de Carvalhal, concelho do Bombarral, Lena d'Água nunca imaginou ter que conviver diáriamente com o porco do vizinho. Mas que convive, convive!
E agora para resolver o problema tem que contactar a Câmara onde já encontrou um problema maior.
Bom mas ai o problema, do porco, resolve-se basta um "espectáculozinho á borla",(digo eu).
'E uma pena que como as editoras também a Câmara do Bombarral, municipio que ela adotou para viver, se esqueça de a convidar para estar presente nas poucas actividades e inaugurações que vão acontecendo pelo municipio.
Livra, por este andar, antes conviver com o porco do vizinho e ter esperança que ele lhe dê um chouriçito depois do verão.