setembro 24, 2007

Que futuro politico precisamos

É fundamental para o futuro do concelho que o mesmo seja governado por pessoas com capacidade de trabalho, com ideias justas em termos sociais e com uma perspectiva de desenvolvimento concelhio sem exclusões, pela salvaguarda dos direitos, da nossa identidade, da nossa cultura, das nossas capacidades intelectuais e culturais.
É preciso que quem governa respeite, dignifique e valorize o trabalho, crie um conceito de desenvolvimento, aposte no ensino e na preservação dos nossos sectores produtivos, agricultura, vinicultura, serviços etc..., e que garanta a modernização dos serviços municipais, no respeito pelos trabalhadores e pelos munícipes de entre outros.
É preciso acabar de vez com o esbanjar dos dinheiros municipais, por cobro e combater o compadrio e o regabofe que por aí vai.
Os estudantes universitários do concelho (a estudar em diferentes cidades do Pais) deveriam ser convidados pela autarquia a visitar o concelho e a participar num almoço convívio onde os governantes locais deviam ouvir as suas ideias acerca do presente e futuro do concelho e auscultar as suas intenções quanto a regressar à terra. A saúde o turismo e os serviços são as áreas que mais precisam destes futuros licenciados.
Para além de permitir, um encontro com os estudantes, perceber quais as suas expectativas profissionais quanto ao futuro e após a conclusão dos seus cursos saber qual a intenção destes estudantes em relação ao regresso à sua terra. Não podemos esquecer que para o concelho esse regresso é importante. Interessa ter gente com cursos superiores nas diversas áreas. Não podemos, logicamente, ter a veleidade de achar que todos tenham emprego, mas sectores essenciais, como a saúde, o ensino e o turismo, precisariam do contributo dos jovens. O concelho tem ainda espaço nas áreas da economia, agricultura, veterinária ou mesmo no direito.
O Turismo é, entretanto, e na nossa opinião, a área que deverá gerar mais oportunidades. Pensamos que este deverá ser o sector económico de grande aposta do Concelho. Pode ser, e é concerteza, o maior empurrão para o crescimento económico.
Este sector que fará gerar outros subsectores, ao nível da restauração, rent-a-car, ou outras empresas na área do turismo, voltadas para o ar livre e desportos radicais, por exemplo.
É neste sentido que a autarquia deve reivindicar e apoiar a opção da construção do aeroporto na Ota e deve criar oportunidades para a instalação e construção de um empreendimento hoteleiro, assim como deve, urgentemente, acabar a instalação do parque de campismo rural do Picoto.
A autarquia para cativar os jovens e os investimentos deve oferecer ajuda na elaboração de projectos e na formação de novas empresas.
A autarquia deve debater com os jovens universitários o presente e o futuro do concelho em termos de desenvolvimento socio-económico e cultural. A autarquia deve ouvir as críticas e as ideias.
A questão de fundo, deve ser “sentir o pulsar” destes jovens e perceber como olham a terra onde nasceram, a terra dos seus pais.
A presença destes jovens nos diversos pontos do País deverá ser aproveitada pela autarquia de forma a divulgar o concelho, a sua cultura e as suas gentes, nomeando-os a todos como embaixadores culturais além concelho.
Uma iniciativa destas deve ser conjunta da Assembleia e Câmara Municipal, deve contar com a presença dos presidentes, dos vereadores, dos deputados, dos líderes dos grupos políticos da assembleia Municipal dos presidentes e vogais das Juntas de Freguesia do concelho e das associações empresariais entre outros convidados.
O Bombarral tem potencialidades em vários sectores, Mas, pelas mais variadas razões, é um concelho que se sente à margem do desenvolvimento e progresso que tem atingido outros concelhos vizinhos. Para nós o momento é de expectativa em relação ao futuro.
Expectante. É desta forma que se pode caracterizar o nosso actual estado de espírito. O concelho tem sido ao longo dos anos - tal como acontece um pouco por todo o lado - alvo de promessas de avultadas obras e avultados investimentos, que nunca aconteceram.
Não queremos ser pessimistas, mas, neste momento, não se vislumbram grandes melhorias no futuro do concelho. E explicamos porquê: independentemente das infra-estruturas criadas, que eram para trazer mais investimento, fixar pessoas e garantir postos de trabalho, está provado que isso não aconteceu. Depois temos um Plano Director Municipal (PDM), que está completamente desactualizado, com problemas infinitos que paralisam todo o desenvolvimento. Não somos um concelho que tenha sido beneficiado com o advento dos investimentos públicos.
As perspectivas não são animadoras e os jovens são a face visível do desconforto. Os jovens vêem-se sem alternativas, também porque não existem oportunidades que os permita integrar-se no pouco mercado de trabalho concelhio.
O turismo, que poderia ser uma das alternativas mais válidas para criação de emprego, não existe, nem nos parece ser intenção da autarquia fazer alguma coisa para inverter essa situação e assumir esse papel de forma capaz. Este concelho está a ficar para trás, relativamente ao papel que o turismo tem assumido em concelhos limítrofes, lamentamos.
É importante que o PDM, seja alterado de forma a facilitar a aprovação de projectos e atrair empresas turísticas para o concelho. As estruturas viárias, criadas nos últimos anos, encurtaram as distâncias, mas não foram aproveitadas e assim o desenvolvimento tem passado pelo Bombarral, mas não pára, desloca-se mais para Oeste.

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