março 02, 2009

Riem de quê ?

Passados quase 4 anos, voltei a participar numa Assembleia Municipal do Bombarral, desta vez não como membro mas como munícipe assistente.
Em má hora, pois lamentavelmente verifiquei que a qualidade política dos seus membros é nivelada muito por baixo, salvo, nesta assembleia, dois, (2), membros participantes que não me escuso de nomear.
Se as intervenções são paupérrimas e sem contexto as ideias para ajudar ao desenvolvimento do nosso concelho, essas, não existem.
Se tal não bastasse a hipocrisia política, “ou não”, é demasiado evidente quando se trata de trabalhar para o bem-estar dos bombarralenses.
Quase todos, quase todos sem excepção demonstraram, nesta, assembleia que a população do Bombarral, e nomeadamente os mais carenciados são gente que só lhes interessa para “caçar o voto”, porque quando se trata de actuar na sua defesa o que se verifica é o riso e a hipocrisia.
Numa altura em a crise económica é uma realidade, existem já diversas situações de precariedade e de grande dificuldade financeira por parte de alguns agregados familiares, residentes no concelho, o que os impede mesmo de suportar o custo dos actuais valores das rendas praticadas no concelho do Bombarral.
Assim, o deputado municipal do CDS, Eng. Pedro Ângelo, que em nome do seu partido, apresentou nesta Assembleia uma proposta de recomendação á Câmara de forma a aprovar e criar um REGULAMENTO DE APOIO AO ARRENDAMENTO, regulamento esse que vise criar enquadramento legal para apoiar o arrendamento no mercado da habitação, de famílias com dificuldades económicas, como forma de contribuir para a eliminação de situações precárias e para a fixação de jovens no nosso concelho.
Esta proposta, na minha opinião, demonstra uma atenção particular pelos problemas sociais das pessoas e uma preocupação social, que devia partir, principalmente, do executivo Municipal.
E foi na presentação desta proposta que verifiquei que os senhores membros desta assembleia não foram eleitos para pensar nos seus eleitores, foram sim eleitos para “pavonear” a sua graça política.
Isto é, no inicio da Assembleia vi os senhores representantes do PS e da CDU, afincadamente, a perguntarem ao presidente da câmara o que este estava a fazer para ajudar a minorar a crise financeira das famílias do concelho E, quando é apresentada uma proposta, social, para minorar a crise das famílias, “estes senhores” não a votam abstêm-se deixando que a mesma seja aprovada unicamente com um, (1), voto do CDS.
Mais grave ainda é a demonstração de desprezo pelas famílias carenciadas deste concelho, quando a provação da proposta mereceu os risos dos senhores membros da mesa e dos senhores vereadores, (talvez porque com os seus “bons” empregos não sabem o que é a crise financeira).
Hipocrisia!
E não só hipocrisia como a falta de sentido social, aliás o que compreendo, tendo em conta que a maioria não sabe o que é isso, apoio social, pois vive acima disso.
Apoio social, precariedade habitacional e familiar, são temas que não “masturbem” os senhores membros da Assembleia, esses problemas só existem para criticar o executivo ao dizer que este nada faz, e se este nada faz o que é que senhores da oposição têm feito, onde estão as propostas as alternativas, credíveis, ao executivo.
Estes senhores da oposição são dos que nunca erram, simplesmente, porque nada fazem nem nada propõem.
Foi, para mim, a excepção desta assembleia o representante do CDS pela sua proposta e postura sobre este assunto, e o senhor Presidente da Junta de Freguesia do Bombarral, o José Manuel Vieira, que pediu, e muito bem, “meças” a todos incluindo o executivo camarário, pelo trabalho que tem realizado em prol da sua freguesia, honra lhe seja feita pois tem apresentado e executado mais trabalho na Vila do Bombarral que o próprio executivo.
Regressei mas, com a firme vontade de não voltar a um circo político de vaidades sem qualquer interesse nem para o desenvolvimento nem para o bem-estar dos bombarralenses.
È importante que todos comecemos a pensar que o nosso voto tem que ser para quem trabalha e não para quem finge trabalhar.

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