agosto 29, 2009

O voto deve ser direito ou dever ?

“O maior castigo para aqueles que não se interessam pela política é que serão governados pelos que se interessam.”
Qual seria o sentido de se ter um sistema de voto obrigatório na nossa democracia?
Seria para garantir ao cidadão o seu direito de escolha dos representantes políticos ou para obrigá-lo a fazer essa escolha?
O voto, infelizmente, na minha opinião, não é obrigatório, por isso é um direito, e não um dever.
Sou de opinião e argumento na defesa da obrigatoriedade do voto só assim os cidadãos se interessariam pelas eleições. Afinal, é através delas que eles serão, supostamente, representados na via política.
Mas não é porque defendo o voto obrigatório que tenho o direito de impor esta vontade aos demais, que podem pensar diferente.
A liberdade de escolha pressupõe que os indivíduos possuem preferências particulares, e contanto que assumam a responsabilidade por seus actos, ninguém deve interferir nessas escolhas sob a forma de coação. Ora, se o sujeito deve ser livre para comer onde quiser, comprar o que desejar no mercado, por que deveria ser forçado a participar numa eleição a qual não se interessa?
Não existem bons argumentos, de facto, para sustentar tal modelo. Mas no fundo, com a crise actual, o voto acaba por ser obrigatório pois só assim mais pessoas desinteressadas iriam votar, e as suas escolhas seriam menos manipuláveis.
De uma forma mais objectiva até ficaria mais fácil cativar o voto daqueles que, sendo livres, não iriam sequer votar. Pois que normalmente são pessoas com nível de escolaridade inferior, que trocam os seus votos por promessas utópicas.
Fiz um pequeno levantamento do modelo de votação nos principais países do mundo, e a maioria possui voto facultativo. Apenas a Austrália, a Bélgica e Singapura, entre 20 países que observei, adoptam o modelo obrigatório. Os restantes reconhecem que o voto é um direito e não um dever.
Em todos eles a idade mínima para votar é 18 anos, quando não mais, como no caso japonês, onde votam somente os maiores de 20 anos.
Os países que analisei e que respeitam o direito de votar ou não dos seus cidadãos são: Áustria, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Japão, Coreia do Sul, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça, Inglaterra e Estados Unidos.
Infelizmente, quem adopta o voto como não sendo obrigatório, como nós, corre sempre o risco de ter governos, como nós, eleitos pela minoria dos eleitores é por isso que este tema é pouco debatido no país.
Está na hora de todos pensarmos e colocarmos na pauta das reformas esta questão.
Somos cidadãos livres, não súbditos. Mas a escolha dos governantes deve ser um dever e não um direito.

agosto 20, 2009

A ponte

Eu não gosto de ti pelo que tu és, mas pelo que eu sou quando eu estou contigo... E se julgares que eu não gosto de ti como tu desejas, isso não quer dizer que não te ame com todo o meu coração !

agosto 19, 2009

Triste eu não vou ficar
Vou tentar em ti não pensar
Vou fazer de tudo pra te esquecer
E do meu coração tirar você
Já estou cansada de sofrer
Eu vou tentar não te amar
E vou tentar não chorar
Eu vou tentar me achar
Que pena que você não me quer
Você é a pessoa com quem eu sempre sonhei ficar
Mas eu vou te esquecer
Custe o que custar

agosto 18, 2009

Sossego na vida

Nas palmas de tuas mãos leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas, interferindo no meu destino.
Não te procurei, não me procurastes – íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzámos
Passavas com o fardo da vida...Corri ao teu encontro.
Sorri. Falámos. Essa noite foi marcada com a pedra brancada de uma calçada.
E, desde então, acabou o meu sossego e o teu sossego na vida...
Agora resta-me pensar que ainda é possivél caminhar, sem gritos, ao encontro da tua paz da minha paz do meu sossego ....

agosto 16, 2009

Ilusões

Acabou !
Tudo é lindo quando queremos e tudo tem um limite quando queremos. Não quero mais. Somos livres de escolher o nosso caminho, ninguém é de ninguém. A nossa terra é o mundo e o mundo é a nossa familia. Todos temos que fazer escolhas na vida e eu não acredito em coincidências apesar da vida ser 50% de sorte e outros 50% de coincidências.
Tenho vivido uma fase da minha vida feita de turbilhões de emoções e pensamentos imcompletos. Chega de ilusões a vida é o que nós quisermos e eu quero outra vida.

Pela calada da noite

É na calada da noite, quando o manto da escuridão, desce sobre a Terra deserta, e o silêncio inclemente se abate, sobre a Junta de Freguesia do Bombarral, que por mero acaso vejo dispersos na escuridão profunda, pelas duas da madrugada os militantes do PSD que se reunem na sede de um organismo público.

agosto 08, 2009

Raul Solnado


RIP
A dois meses de completar 80 anos morreu Raul Solnado uma figura que fez as minhas delicias de jovem e adolescente. Tive oportunidade de contactar com ele pessoalmente por questões profissionais e, nessa altura fiquei com a imagem de uma pessoa bem com a vida e de uma simplicidade unica. Raul Solnado será sempre recordado, para além do homem e do artista, como o homem que chegou á guerra de 1908 e encontrou a guerra fechada. Simplesmente hilariante.