agosto 12, 2013

As Teias de aranha ...

É realmente incrível quando começamos a observar as listas que nos são apresentadas para escolhermos e elegermos quem governará o concelho do Bombarral no próximo quadriénio.
Algumas conseguimos mesmo comparar com alguns animais, as aranhas, por exemplo, que constroem as suas teias com a mesma habilidade com que alguns políticos constroem e, envolvem e divulgam as suas candidaturas.
Alguns “pseudo” políticos deste concelho estão convencidos e acreditam mesmo que os munícipes se esqueceram do mau serviço que por aqui prestaram quando anteriormente por aqui passaram, alguns ainda acreditam que a arrogância e a parvoíce encapotada em vaidades passageiras são um cartão-de-visita para serem candidatos e atraírem muitos votos.
Pobres candidatos os que não conseguem, hoje, compreender a diferença básica entre um candidato, demagogo possuidor de inteligência abstrata, devido á sua vaidade cega e um candidato possuidor de inteligência concreta, capaz de resolver não apenas problemas pertinentes da realidade momentânea do Bombarral mas também resolver e responder aos anseios da população e do tecido económico do concelho do Bombarral.
Se por um lado é através da palavra que o homem se distingue do animal por outro lado é a obra que o distingue dos seus pares. Se a primeira não falta a quase nenhum dos candidatos já a segunda falta a quase todos os que se nos apresentam como salvadores do estado catatónico em que o concelho se encontra.
Acreditamos que passados quatro anos, aquele que foi o melhor candidato a presidente da câmara depois de José Guilherme, infelizmente não venceu as eleições passadas assim como o que hoje é melhor candidato, infelizmente não o é a presidente da câmara.
Este concelho tem nas últimas duas décadas perdido as melhores oportunidades que algum concelho já teve e isto porque desde 1989 que não tem um gestor no comando dos destinos do município.
A linguagem permite que o homem se distancie do seu mundo e consiga transformá-lo, mas para que essa ideia se complete é necessário compreender como o homem realiza essa transformação. E é através do trabalho delineado e estratégico que ele produz o mundo e a si mesmo.
Infelizmente temos verificado ao longo dos mandatos que toda gama de sinónimos é reduzida cada vez mais para definir os candidatos: pobreza no falar, pobreza no pensar, impotência no agir.”
Nesta teia de aranha, tudo é mais do mesmo e é verdadeiramente irónico o destino e as coisas que a vida e a política nos proporciona. Tudo na política, principalmente no Bombarral, é sempre mais do mesmo de tudo o que sempre existiu, e realmente mais uma vez é assim.
Já ninguém acredita haver qualquer força para uma mudança pois não existe nada nas duas últimas décadas que se possa valorizar ou que nos permita aproveitar para construir o futuro.
Hoje, percebemos quanto o tempo é veloz, nestas últimas décadas umas coisas começaram, outras acabaram, algumas mantêm-se, outras tentam continuar enquanto algumas lutam para começar e outras resistem para não parar, falando assim até parece que tantas coisas aconteceram, tantas coisas passaram e que outras ainda haverão de vir, mas a verdade é que tantas coisas ficaram por fazer, vimos boas pessoas serem abandonadas e ótimas pessoas irem embora. Mas, praticamente, quase todas as pessoas e famílias, políticas, que conheci se desfizeram dos seus ideais eleitorais e esqueceram as tantas promessas que fizeram para defenderem o proveito do seu espaço, e então, damos por nós a olharmos para o tempo que passou a vermos que ainda estamos aqui mas que nada mudou pelo trabalho dessas pessoas e dessas famílias.
E pensamos mesmo, nem nada vai mudar …. Seja pelas pessoas, seja pela força da mudança ou pelas famílias ou seja mesmo pelo valorizar de um passado que não tem qualquer valor.

(ex.tudo)

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