É realmente incrível quando começamos
a observar as listas que nos são apresentadas para escolhermos e elegermos quem
governará o concelho do Bombarral no próximo quadriénio.
Algumas conseguimos
mesmo comparar com alguns animais, as aranhas, por exemplo, que constroem as
suas teias com a mesma habilidade com que alguns políticos constroem e,
envolvem e divulgam as suas candidaturas.
Alguns “pseudo” políticos
deste concelho estão convencidos e acreditam mesmo que os munícipes se
esqueceram do mau serviço que por aqui prestaram quando anteriormente por aqui
passaram, alguns ainda acreditam que a arrogância e a parvoíce encapotada em
vaidades passageiras são um cartão-de-visita para serem candidatos e atraírem
muitos votos.
Pobres candidatos os que não conseguem, hoje, compreender a diferença
básica entre um candidato, demagogo possuidor de inteligência abstrata, devido
á sua vaidade cega e um candidato possuidor de inteligência concreta, capaz de
resolver não apenas problemas pertinentes da realidade momentânea do Bombarral
mas também resolver e responder aos anseios da população e do tecido económico
do concelho do Bombarral.
Se por um lado é através da palavra que o homem se distingue do animal
por outro lado é a obra que o distingue dos seus pares. Se a primeira não falta
a quase nenhum dos candidatos já a segunda falta a quase todos os que se nos
apresentam como salvadores do estado catatónico em que o concelho se encontra.
Acreditamos que passados quatro anos, aquele que foi o melhor candidato
a presidente da câmara depois de José Guilherme, infelizmente não venceu as
eleições passadas assim como o que hoje é melhor candidato, infelizmente não o
é a presidente da câmara.
Este concelho tem nas últimas duas décadas perdido as melhores
oportunidades que algum concelho já teve e isto porque desde 1989 que não tem
um gestor no comando dos destinos do município.
A linguagem permite que o homem se distancie do seu mundo e consiga
transformá-lo, mas para que essa ideia se complete é necessário compreender
como o homem realiza essa transformação. E é através do trabalho delineado e estratégico
que ele produz o mundo e a si mesmo.
Infelizmente temos
verificado ao longo dos mandatos que toda gama de sinónimos é reduzida cada vez
mais para definir os candidatos: pobreza no falar, pobreza no pensar,
impotência no agir.”
Nesta teia de aranha,
tudo é mais do mesmo e é verdadeiramente irónico o destino e as coisas que a
vida e a política nos proporciona. Tudo na política, principalmente no
Bombarral, é sempre mais do mesmo de tudo o que sempre existiu, e realmente mais
uma vez é assim.
Já ninguém acredita
haver qualquer força para uma mudança pois não existe nada nas duas últimas
décadas que se possa valorizar ou que nos permita aproveitar para construir o
futuro.
Hoje, percebemos quanto
o tempo é veloz, nestas últimas décadas umas coisas começaram, outras acabaram,
algumas mantêm-se, outras tentam continuar enquanto algumas lutam para começar
e outras resistem para não parar, falando assim até parece que tantas coisas
aconteceram, tantas coisas passaram e que outras ainda haverão de vir, mas a
verdade é que tantas coisas ficaram por fazer, vimos boas pessoas serem
abandonadas e ótimas pessoas irem embora. Mas, praticamente, quase todas as pessoas
e famílias, políticas, que conheci se desfizeram dos seus ideais eleitorais e
esqueceram as tantas promessas que fizeram para defenderem o proveito do seu
espaço, e então, damos por nós a olharmos para o tempo que passou a vermos que
ainda estamos aqui mas que nada mudou pelo trabalho dessas pessoas e dessas
famílias.
E pensamos mesmo, nem
nada vai mudar …. Seja pelas pessoas, seja pela força da mudança ou pelas
famílias ou seja mesmo pelo valorizar de um passado que não tem qualquer valor.
(ex.tudo)
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