dezembro 12, 2015

Quando há ideias, há compromisso.

Quando falamos em Óbidos e nos seus eventos aos dirigentes políticos bombarralenses obtemos sempre as mesmas respostas: Óbidos tem o castelo, Óbidos tem a lagoa, Óbidos tem etc, etc, etc……
Depois de uma pesquisa concluímos, mais uma vez, que o castelo de Óbidos foi, é e continuará a ser um amontoado de pedras que foram há muito cuidadosamente colocadas para fazer uma fortificação para que os inimigos lá não entrassem.
Então o que há em Óbidos que falta no Bombarral, para além do castelo?
Ideias, sim, simplesmente ideias.
Qual foi a influência do castelo para que a UNESCO tenha distinguido a vila de Óbidos como uma das 47 cidades criativas do mundo, nomeadamente no plano literário? Nenhuma, Óbidos fez um projecto que resultou na criação de uma dezena de livrarias em "lugares improváveis", entre os quais uma igreja, um mercado biológico, uma antiga adega e uma escola primária desactivada, e foram igualmente abertas livrarias em dois dos museus da vila (Municipal e Abílio) e na galeria Nova Ogiva e no Centro de Design de Interiores (CDI). Todos eles locais geridos em conjunto com a câmara.
Logicamente que tudo isto resultou de facto de Óbidos ter uma estratégia de inovação e criatividade também centrada na literatura e de ter uma rede de livrarias que foi um dos sustentáculos desta candidatura, “segundo palavras de Humberto Marques”.
Então e não pode o Bombarral preparar e ser alvo destas ou de outras candidaturas?
Claro que pode. Mas para isso será necessário ideias criativas e força de trabalho “profissional e bairrista” de quem queira modificar mentalidades e criar inovação de forma a preparar o património histórico do Bombarral para poder concorrer a estas candidaturas e poder receber quem o queira visitar.
Se em Óbidos há um castelo que ao fechar as portas não permite a entrada de visitantes já no caso do Bombarral isso não acontece, as únicas portas que temos e fechámos há muito foram as da inovação as da criatividade a as da mudança.
Ninguém se pode alhear do que se passa no Bombarral, se quem decide não tem ideias nem cria condições de crescimento económico isso "aumenta a nossa responsabilidade na obrigação da criação de uma estratégia que seguramente fará com que fiquemos empenhados em melhorar”.
Pessoalmente, posso não estar de acordo com elas mas, já não discuto as pessoas nem as suas capacidades, cada um vale aquilo para que está talhado e o que a sua formação lhe permite.
Também não discuto os factos que possam ser apresentados como desculpa ou dificuldade para fazer este ou aquele projecto.
Discuto sim a falta de ideias e a falta de humildade para ouvir quem tem ideias, os factos negativos, ultrapassam-se com boas ideias e só com elas e com inovação se poderá alguma vez trazer o Bombarral para a ribalta. O Bombarral tem todas as condições para poder ser um destino de agência de viagem ou operador turístico, basta para isso pensar, planear e executar as imensas possibilidades que existem completamente abandonadas neste concelho.
Haja coragem e querer que tudo pode acontecer. Como em Óbidos são as pessoas que têm e que executam as ideias, não as pedras do castelo, também no Bombarral isso pode acontecer.  
Basta que nos deixemos de discutir pessoas e factos e, passemos a discutir ideias e formas de as executar.

Luis Montez (candidato em 2017)

2 comentários:

  1. Fico sem saber muito bem o que dizer, mas antes uma declaração: nasci nas Gamelas, trabalhei no Bombarral ainda a Fernão do Pó estava no Palácio do Gorjão, vivo em Caldas desde 76 por razões profissionais e, neste momento, ou seja. desde há oito anos responsável por um sonho - agricultura biológica, que evoluiu para esse espaço que fotografou em Óbidos, talvez a parceria mais improvável de todas. Rua Direita, maior espaço amplo coberto, quase mil caixas de madeira da fruta nas paredes e uma superfície de exposição hortofrutícola e seus transformados que ocupa um dos topos do espaço. Produtos locais bio certificados, espaço para agricultores e clientes exigentes. Pois, ao ler o seu artigo fico mais para o triste do que alegre, mas essa é uma realidade, é preciso fazer acontecer e só assim acontecem. Mais uma nota, começámos com uma tenda na rua, que várias vezes voou com o vento e, outras vezes, a chuva estragava-nos os produtos ... teimámos. Levou cinco anos para entrar onde estamos hoje, já duplicámos o espaço de exposição e quadruplicámos o número de agricultores biológicos, mas também penso que cada lugar, cada território tem de fazer o seu próprio caminho e nada é fácil ... Faz-se, fazendo ...
    Mais não digo e normalmente não responde, mas o coração falou mais alto, mas calálo-ei!!!!!! ... acho que nunca ...

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  2. Tem os dois razão ....conheço o meio e a vossa veia empreendedora ... e os donos da galinha....enquanto uns deixaram utilizar os ovos , outros fizeram tudo para que se partissem...e assim foi ,é, possivel apresentar omolete num concelho e no outro nada mais de desideratos de opinião e esquetos de projetos...
    ,

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