agosto 17, 2011

A direcção conseguiu o rumo não acredito

É graças á eleição da nova direcção que vai dirigir os destinos do Sport Clube Escolar Bombarralense que estou refastelado ao sol, neste fim-de-semana prolongado, a escrever este artigo á beira de uma piscina, aqui para os lados de São Jorge.

Na falta de candidaturas para dirigir os destinos do SCEB, durante 5 dias a convite de alguns associados do SCEB contactei e elaborei, voluntariamente, uma lista que se destinava a apresentar a sufrágio, nesse período de contactos verifiquei existir uma quantidade avassaladora de pessoas que se alhearam do SCEB e mesmo algumas que deixaram de ser sócios por não quererem estar ligadas a determinadas “jogadas” que ao longo dos tempos tem acontecido no nosso SCEB.

Também nesse, curto, percurso verifiquei que os números referidos como divida do SCEB cerca de 30.000€, não são reais, julgo mesmo que a divida se aproxima muito perto do dobro do valor que é referido em Assembleias-gerais e pude também comprovar que o clube tem sido gerido como uma mercearia/cooperativa com muitos donos e uma escrita em papel de “embrulho” onde se vão organizando eventos e se movimentam alguns milhares de Euros sobre os quais ninguém sabe de contas de deve e haver.

Esta candidatura, a minha, apareceu como disse a convite de alguns sócios que acharam que eu como ex. presidente podia voltar a fazer um bom mandato mas, principalmente porque o SCEB estava num impasse sem direcção nem solução há vista.

Para que não fique nenhuma dúvida ao aceitar o desafio, pus como condições não haver mais nenhuma lista a sufrágio, estar o presidente da mesa da AG de acordo com a candidatura e ser eu a escolher a equipe.

Ora até 3 dias antes das eleições estavam reunidas todas estas condições, porém o aparecimento da minha candidatura e o contacto e a divulgação junto de diversas pessoas convidadas e ligadas á anterior direcção, do modelo de gestão que se iria implantar no clube, aliás modelo de gestão que é comungado por diversos gestores também sócios do clube, ou seja um clube único com um projecto de modernização e um crescimento sustentado através de um rumo em que tudo seja transparente e dentro das reais capacidades financeiras e sociais do bombarralense, foi o acordar e tocar a reunir de interesses implantados por alguns que estão e por outros que já passaram pelo clube como seccionistas ou como directores.

E foi o aparecimento desta lista feita á pressa, sem programa e sem objectivos definidos que me levaram a abandonar a candidatura que estava em constituição.

Acredito que o actual presidente do SCEB nada tem a ver com interesses instalados mas, também acredito que alguém se anda a servir ou serviu do Sport Clube Escolar Bombarralense em proveito próprio. Porque só assim compreendo o aparecimento de uma lista à última da hora, composta por sócios que foram convidados a faze-la em diversas assembleias e até em reuniões e contactos mais ou menos privados, e nunca se disponibilizaram para o fazer.

Na assembleia que elegeu a nova direcção quer eu, quer outros associados desejaram um bom mandato ao novo presidente, no entanto tenho para mim, mas não o desejo, que pouco mais se irá fazer senão adiar a morte lenta em que o SCEB se encontra por mais um ano.

Estou certo, até tendo em conta os “mentores” desta lista que a intenção não será mais do que ganharem tempo de forma a camuflarem o melhor possível, erros anteriores e “desvios direccionais” que tenham sido feitos.
Sinceramente. Desejo que o novo presidente da direcção, não mentor desta direcção, tenha a coragem de não se deixe ultrapassar por alguns directores e seccionistas que pensam que o SCEB é deles e que estão acima de todos os sócios.

Hoje estou convencido que o Sport Clube Escolar Bombarralense tem que cair mesmo no fundo para que de uma vez por todas, ou não, os sócios e principalmente alguns sócios percebam que não são donos do clube.

Foi referido e solicitado por diversos sócios, nesta assembleia, a apresentação de contas, aliás que nos parecem estar em falta devido a algumas secções não apresentarem os documentos contabilísticos necessários, isto até porque o anterior presidente da direcção referiu diversas em assembleia já ter entregado toda a documentação da sua gestão.

Esta eleição não contestada e eleita pela maioria dos sócios presentes dá-nos o direito de dentro de um ano serem todos muito mais exigentes nas perguntas e no exame do mandato.

O SCEB desde 1994 que não cumpre o que está estabelecido no estatuto de utilidade Pública – no que concerne á apresentação de contas, o actual presidente da mesa da assembleia-geral que não se pode desassociar do facto de ser presidente da câmara municipal, referiu ir estar atento ao problema e pugnar pelo cumprimento da lei.

Esperamos também que faça uso das suas faculdades para que o clube apresente as suas contas e possa responder às questões importantíssimas sobre o deve e haver das actividades lúdicas do Clube.

O SCEB faz este ano, em 5 de Outubro, 100 anos sobre a sua fundação.

Lamento profundamente que em “ano” de centenário quando se devia unificar os sócios e refundar um clube que foi criado para a prática do ciclismo e futebol se verifique que é precisamente esse futebol o ódio de todas as modalidades criadas nos últimos anos, modalidades essas que no tempo perdido a odiar o futebol não tiveram tempo para se prepararem e serem também elas a organizar e participar desportivamente nas comemorações deste centenário.

A verdade é que todos querem mandar e ser donos do clube, chegando-se ao cúmulo de se elegerem presidentes para as secções e pedindo-se contrapartidas para se ajudar nas organizações do clube, mas poucos são os que querem trabalhar para o clube na sua totalidade. Enquanto não se acabar com os “clubes” dentro do clube não teremos um bombarralense que pugne por todos os seus associados e atletas.

A direcção eleita está agora em estado de graça, mas este estado é de curta duração se não existirem rapidamente as mudanças que os pais dos atletas da formação querem, porque são estes pais que pagam para que os filhos pratiquem desporto que tem que ser ouvidos e chamados às decisões.

Acredito e acreditem que as direcções passam e o clube continuará, mesmo que moribundo e a sofrer às mãos de alguns incautos e à espera de quem o queira erguer para voltar à forma orgulhosa de outrora.

Por mim não serei oposição mas, por outros associados que comigo comungam de moldes de gestão modernos e transparentes que tragam realidade financeira ao SCEB não posso falar.
Tenho a convicção que o aparecimento da minha candidatura revitalizou o SCEB e agradeço o tempo dos que comigo colaboraram neste processo quer pela forma como se empenharam quer pela forma como aceitaram as razões de não nos candidatarmos.

Dizia o ex. presidente da mesa da assembleia-geral depois de três meses de contactos infrutíferos que queria uma direcção e um rumo para o SCEB. Digo eu que a “direcção” conseguiu mas o rumo não acredito.

Longa vida ao Sport Clube Escolar Bombarralense

agosto 01, 2011

100 Anos são muito tempo !


O Sport Clube Escolar Bombarralense faz 100 anos. E para os comemorar constituiu uma chamada comissão do centenário que, julga-se, estará a preparar uma data de actividades diferentes, para presentear os sócios no período das comemorações.

Aliás, sócios esses que devotaram o clube, centenário, ao abandono. Em ano de centenário que se espera um unir de esforços de forma a comemorar condignamente esta data, acontece que o Clube não tem direcção nem consegue constituir uma assembleia magna digna desse nome.

Numa recente assembleia, em ano de centenário, com pouco mais de 40 sócios e de entre os quais se encontravam 6 ex. presidentes, disse um desses ex presidentes, e com razão, que o Bombarralense é um clube que hostiliza todos os que por lá passam por uma direcção, sendo acusados, por alguns “críticos” que nada fazem, dos piores horrores enquanto dirigentes desportivos e pessoas.

Em ano de centenário o Bombarralense não tem direcção e não nos parece estar num horizonte próximo que qualquer sócio, livre e voluntáriamente, apresente uma candidatura nestes tempos mais próximos.

O Bombarralense, hoje, é um clube eclético, talvez demasiado eclético, e a verdade é que nunca foi discutido ao longo destes 100 anos se o clube tem condições para todo este ecletismo. Mas é verdade também que nunca os sócios do Bombarralense, nem os “críticos” deste clube, propuseram às direcções essa discussão, assim como o contrário também nunca aconteceu.

Hoje a realidade desportiva nacional e regional é bem diferente da de outros tempos e, facilmente verificamos que os chamados “grandes”, clubes nacionais, outrora bastantes eclécticos, tem vindo ao longo dos tempos a reduzir e fechar modalidades que pelo seu custo, promoção e prestigio não são compatíveis com uma gestão moderna e arrojada.

O Bombarralense sofre de um mal a que tomamos a liberdade de chamar de “umbiguite aguda”, isto é, todos os seccionistas e alguns directores, julgam-se acima das direcções e dos presidentes do clube, tomando a liberdade de gerir as secções desportiva e económicamente como se de outros clubes se tratassem. O Bombarralense, hoje, é um clube com vários clubes dentro das suas instalações aliás, alguns desses clubes até se esquecem de apresentar as contas das suas actividades.

100 Anos são muito tempo. O Bombarralense foi fundado no século passado e pessoas há que querem que o Bombarralense continue a ser gerido como se estivesse no século passado. Urge que o Bombarralense se modernize que crie mais valias para os sócios, que adira ás novas tecnologias e que crie um site oficial de forma a cativar a juventude e divulgar as suas actividades, as novas tecnologias são um dos grandes meios de crescimento e notariedade.

Numa análise breve e sem aprofundar os problemas crónicos do Bombarralense a verdade é que todos criticam mas ninguém quer fazer parte das soluções.

Em ano de centenário é obrigatório que o Bombarralense encontre urgentemente um Sócio que se disponibilize, voluntariamente, e que forme a Sua equipe e apresente um programa de actividades que leve o Bombarralense a trilhar num caminho de gestão empresarial com objectivos comerciais bem definidos. O Bombarralense só será viável se gerido como uma empresa e, essas têm como principal finalidade apresentar lucros de gestão de forma a reinvestir em infra-estruturas e formação.

O Bombarralense é um clube de utilidade pública e tem que retirar os proveitos deste estatuto de forma a rentabilizar, os seus activos e as suas instalações mas, temos para nós que o clube primeiro terá que encontrar uma direcção e iniciar a sua modernização, desde logo, procedendo a uma profunda alteração dos estatutos que na sua maioria estão obsoletos de soluções e omissos na forma de resolver e encontrar essas mesmas soluções.

Alguém, numa das últimas assembleias, alvitrou a possibilidade de acabar com o futebol sénior, atirando para cima desse futebol a culpa de todos os problemas do Bombarralense. Esta não é mais do que uma forma de lavar as mãos como “Pilatos”, o futebol sénior é o garante de que o Bombarralense ainda tem sócios, a assim não ser e os poucos sócios cerca de 950 depressa desapareceriam sem futebol. Também só se compreende que o Bombarralense tenha perdido tantos sócios nos últimos 15 anos pela falta de aposta das direcções e das secções neste campo. Em 1995 o Bombarralense tinha pelo menos 990 e nestes últimos anos não conseguiu aumentar o número de sócios, pelo contrário. Porquê?

O aumento de receitas também é feito pela adesão de sócios, todos sabemos que nos clubes “chamados” grandes ninguém pratica qualquer modalidade sem ser sócio do clube, mesmo que essa modalidade seja profissional, no Bombarralense isto não acontece. Porquê?

Este artigo não é mais do que um grito de revolta contra os “críticos”, até porque alguns deles julgam-se donos do clube, só porque alguma vez, á muitos anos, deram um donativo ou porque já foram atletas, seccionistas ou mesmo directores, e um lamento aos que nada fazem para fazer parte da solução.

E a solução tem que envolver todos, sem medo, com os defeitos e as virtudes mas, com um timoneiro a dirigir o barco num leme que leve a que todos remem no mesmo sentido para atingir o mesmo fim.

A verdade é que só quem nada faz é que não erra e desses livre, Deus, o Sport Clube Escolar Bombarralense neste centenário que se quer de Futuro.

ex. Presidente do SCEB 1994/1995)