Regressámos esta quinta-feira
a uma Assembleia Municipal do Bombarral, depois de a termos deixado enquanto
membros em 2005.
E regressámos
porque pensávamos ser esta, por ser a última, uma das mais importantes e mais
eloquentes assembleias dos últimos 65 anos.
E ao dizermos
dos últimos 65 anos é porque desde 1948 esta foi a última assembleia municipal
onde a Freguesia do Vale Covo esteve presente e representada enquanto freguesia
única e autónoma.
Pensámos que íamos
ouvir um leque de intervenções politicas sobre o tema, quer por parte das
bancadas representadas quer por parte de representantes partidários e
candidatos às eleições autárquicas.
Porém nada disto
aconteceu. Aconteceu mais uma assembleia com os ataques do costume a lengalenga
enfadonha também do costume, mais uma assembleia onde nada se passa e sem
qualquer proveito para o concelho e para os munícipes.
E esta é a política
e os políticos que temos e que queremos continuar a ter no concelho do Bombarral ?
Desde 1758 que
existem referências ao “Vale Covo” enquanto Casais do Vale Covo e essas
referências foram-se enraizando até á criação da freguesia, que agora acabou,
em 1948.
Esta assembleia
deveria ter sido, na nossa opinião, a assembleia da elevação do Vale Covo e das
suas gentes, esta assembleia deveria ter proposto e aprovado um voto de louvor
á população da freguesia nas pessoas do seu último executivo.
E principalmente
deveria ter aprovado e recomendado a este executivo e todos os próximos a lutar
pela refundação da freguesia do Vale Covo.
É importante que
os munícipes compreendam a razão das assembleias municipais se perderem e se continuarão
a perder em discussões estéreis.
Se fizermos uma
pequena reflexão sobre as pessoas que têm constituído as assembleias municipais
nos últimos 20 anos verificamos, não só na assembleia como na câmara mas é da
assembleia que agora falamos, que são sempre as mesmas, salvo raras exceções,
Vejamos ora
agora um é o segundo e outro terceiro, ora agora trocam e um é terceiro e outro
segundo, acontecendo até algumas transferências entre partidos mas sempre os
mesmos.
Como pode uma
assembleia funcionar de acordo com os interesses do concelho se as pessoas são
as mesmas e de mandato em mandato nada acontece.
Recordamos o
prazer de trabalharmos em três assembleias de mandatos e presidentes quer da
assembleia quer do município diferentes e é com orgulho que recordamos as críticas
que ouvimos, muitas vezes do próprio partido, pela quantidade de propostas de
recomendação importantes apresentadas e aprovadas em benefício do concelho.
É o que se
espera de uma assembleia municipal, e dos seus membros, que trabalhe em prol
dos munícipes propondo e recomendando o que ache de melhor para servir o interesse
da população concelhia, independentemente da força politica que representa. O
que se espera é que os eleitos hajam como eleitos pelos munícipes para
trabalhar para o Bombarral e não para os seus partidos perdendo-se em discussões
que em nada beneficiam nem o concelho nem os munícipes que neles votaram.
Uma assembleia
não se quer para aprovar cegamente tudo e que emana da câmara municipal mas,
uma câmara municipal também não se quer sem ouvir e compreender o que emana da
assembleia municipal, o confronto é bom mas a aplicação das melhores soluções
encontradas em comum é melhor. O Bombarral agradece e a democracia reconhece.
Muitas vezes damos
por nós a pensar por que razão os eleitos, com ou sem maioria, no concelho do Bombarral
se dispersam tanto em coisas estéreis e sem qualquer utilidade em vez de se
unirem em prol do Bombarral e aplicarem as ideias emanadas de cidadãos e munícipes
do Bombarral sem olhar a cores, credos ou partidos.
Fica a esperança
de que uma nova geração, quiçá mais evoluída intelectualmente e com maior
formação social venha a aproveitar as sinergias geradas por qualquer um dos munícipes
deste concelho e as aplique em prol do bem comum, em prol de um concelho melhor
e mais solidário.
Quem sabe se os políticos
da nossa terra um dia se começam mais a importar com os outros do que com eles
próprios.
A política é uma
causa pública e quem está numa causa pública tem que ter e manter uma mente aberta á crítica
e à proposta apresentada entendendo-a e aplicando-a em benefício dos seus
conterrâneos e não a deixando cair só porque não vem do seu lado politico.
Como esta
assembleia e os seus membros não o fizeram nós propomos publicamente a
atribuição de um voto de louvor a todos os órgãos da junta de freguesia do Vale
Covo, agora extinta, nas pessoas do seu último executivo, assim o desejamos,
assim o povo o queira.
Passam agora as
povoações de Vale Covo,
Gamelas, Casal do Urmal, Casal das Pegas, Casal da Cotovia, Casal de Oliveirinha,
Casal da Salgueirinha, Casal da Lagoa e Vale Pato a integrar a nova união das
freguesias de Bombarral e Vale Covo.
Depois digam que somos má língua ...
Sem comentários:
Enviar um comentário