O futuro aeroporto da Ota vai ser um pólo de logística e desenvolvimento para toda a região, e nomeadamente para a região Oeste, tendo implicações territoriais que devem desde já ser levadas em conta. Um aeroporto, não é só um aeroporto, mas sim um complexo de actividades, de logística e de oportunidade de desenvolvimento económico e territorial de uma região.
Apoio integralmente a decisão do Governo em construir um novo aeroporto internacional na Ota, basta de estudos, 30 anos a estudar é tempo mais do que suficiente para qualquer mau aluno estar formado.
Aeroporto para a Ota. … Já!
A construção do aeroporto tem que ser agora encarada de uma forma integrada por todos os sectores económicos e pelos municípios, na elaboração dos seus planos de ordenamento do território. Aliás, esta ideia foi recentemente defendida na sessão de lançamento do Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT), documento da maior importância estratégica que deverá ser aprovado pelo Governo até Agosto de 2007.
Mas é importante que os municípios comecem a delinear estratégias de forma que o turismo passe a estar ainda mais presente nas preocupações dos autarcas, nomeadamente na região Oeste, onde vários empreendimentos estão em construção e outros tendem a desenvolver-se.
Sou de opinião que é importante que para o desenvolvimento da nossa região se faça uma opção entre a massificação e a qualidade, não podemos esquecer que a nossa região está ligada a sítios ambientalmente atractivos e sensíveis, por isso é tempo das autarquias definirem como vão compatibilizar o investimento e o desenvolvimento económico com as exigências ambientais e de qualidade.
O Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT), irá fazer a ligação, entre o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território e os planos municipais, como os Planos Directores Municipais, Planos de Urbanização ou Planos de Pormenor. Este Plano tem por finalidade definir as opções estratégicas de desenvolvimento regional, e apontar directrizes no que diz respeito à ocupação, uso e transformação do território, fazendo assim uma integração, a nível regional, das políticas sectoriais de forma a dar orientações para a elaboração dos planos municipais.
Este Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo vai abranger as áreas territoriais (NUT III) do Oeste, Lezíria do Tejo e Médio Tejo, correspondentes a 8.792 quilómetros quadrados e mais de 800 mil habitantes. Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Alenquer, Almeirim, Alpiarça, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Cartaxo, Chamusca, Constância, Coruche, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Ourém, Peniche, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Sardoal, Sobral de Monte Agraço, Tomar, Torres Novas, Torres Vedras e Vila Nova da Barquinha, são, por ordem alfabética, os 33 concelhos, de três distritos Leiria, Santarém e Lisboa abrangidos pelo Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT).
Será que alguém na Região Oeste ainda tem dúvidas sobre o desenvolvimento económico e territorial que construção do Aeroporto da Ota trará a toda a Região Oeste.
Por mim, que desde o inicio do processo que estou com ele e o apoio, digo que é tempo dos autarcas da Região em geral e do Bombarral em particular criarem “lobbies” desenvolverem infra-estruturas de apoio á construção do Aeroporto da Ota que trará novas empresas á região e por sua vez novos empregos, desenvolvimento social e económico, infra-estruturas rodoviárias, aperfeiçoamento das redes de transportes, novas habitações, novos complexos desportivos e recreativos e tantas outras infra-estruturas de qualidade numa região que necessita cada vez mais de crescer, sustentadamente, para alimentar os seus habitantes e o seu tecido empresarial.
Nota explicativa:
O futuro Aeroporto Internacional de Lisboa deve ocupar uma área de cerca de 1400 hectares, que contrastam com os cerca 500 hectares ocupados pelo actual Aeroporto da Portela.
A capacidade do Aeroporto da Ota será de aproximadamente 70 movimentos de aeronaves por hora (contra os 80 desejados pelo Governo), contra os actuais 34 por hora no actual Aeroporto da Portela, que passarão a ser 40 depois de aí concluídas as obras de expansão, previstas para 2006 a 2009. Terá cerca de 80 lugares para estacionamento de aviões, contra os 51 lugares do actual infra-estrutura, que passarão a ser 60 em 2009 após o seu alargamento. Na Ota, a capacidade será de aproximadamente 25 milhões de passageiros por ano, contra os 16 milhões da Portela após a expansão prevista para 2009 (sendo a sua capacidade actual de 11 milhões de passageiros anuais).
O Aeroporto da Ota terá 2 pistas paralelas com cerca de 3600 metros de comprimento e 130 metros de largura cada. O Aeroporto da Portela tem também 2 pistas, não paralelas, uma com 3805 metros e outra com 2400 metros de comprimento, e ambas com 45 metros de largura.
O futuro Aeroporto, na Ota, terá capacidade para receber os aviões A380, que o actual Aeroporto de Lisboa não poderá acomodar.
O Aeroporto da Ota estará ligado a Lisboa pela futura linha de Alta Velocidade (TGV), Lisboa - Porto, que parará na Ota, ligando assim o aeroporto à capital do País em 17 minutos. O trajecto Lisboa - Ota poderá também ser feito através de estradas, entre elas a auto - estrada nº 1 (A1).
A construção do Aeroporto da Ota deve-se, essencialmente, ao esgotamento da capacidade do actual Aeroporto da Portela.De acordo com as previsões do Governo Português, o próximo Aeroporto Internacional de Lisboa, situado na Ota, Alenquer, abrirá portas em 2017.
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