julho 24, 2007

Declinar até cair.

Augusto Santos Silva, Ministro dos assuntos parlamentares, disse na Assembleia da Republica, durante o debate da Nação que Paulo Portas é uma “Estrela Declinante”. Tempo houve, não sei, em que Paulo Portas pode ter sido uma “estrela”, porém, não restam dúvidas, hoje, Paulo Portas é mesmo uma “estrela declinate”.

Paulo Portas, que, hoje ninguém tem dúvidas, tomou de assalto o poder no seu partido, e se auto denominou de rosto da direita e da oposição ao chefe do governo, nas eleições intercalares para Lisboa, obteve mais uma derrota eleitoral, humilhante, para o CDS, Paulo Portas e a sua direcção é uma “farsa” e estão a escrever o obituário do CDS. Desde Manuel Monteiro, Paulo Portas só conseguir em todas as eleições descer as votações do CDS, só agora e desde que assaltou o poder já adquiriu mais duas, as da Madeira e a de Lisboa.

Paulo Portas que ao contrário do que afirma apresentou, nestas eleições uma lista de gente local como Telmo Correia, Deputado Municipal, António Monteiro, Vereador, Horicia Roque, mãe dos pobres de Lisboa, e outros “alfacinhas de gema”. Paulo Portas que em vez de pedir a demissão dos respectivos presidentes da concelhia e da distrital, aplaudiu os votos e louvor a ambos fez um retiro espiritual e sabático para tirar conclusões sobre a forma de fazer política em Portugal.
E quando alguns esperavam ansiosamente as conclusões deste retiro, outros, os eleitores já tinham concluído que Paulo Portas não trouxe nada de novo, no seu regresso á política, para além da conclusão que o CDS desapareceu em Lisboa, como noutros lugares, por culpa do chefe do governo, e por culpa da “violação” do segredo de justiça. Por isso o CDS vai processar o Estado.

Parece-nos que Paulo Portas, a exemplo do mais puro “marxismo - leninismo”, aliás que sempre condenou, na falta de eleitorado que vote, que o oiça ou que nele acredite, transforma as derrotas em vitórias e dedica-se a contar anedotas ao povo português.

Paulo Portas ainda não percebeu, ou talvez já tenha percebido porque não é “burro”, que os eleitores e os militantes do seu partido, não estão incomodados com as “violações” do segredo de justiça.
Os portugueses querem saber das investigações ao ”caso Portucale” e á compra dos “submarinos”.
E estes são problemas pessoais de Paulo Portas e de alguns dos seus companheiros, dirigentes, enquanto cidadãos e ex. ministros, não são problemas do CDS nem dos seus militantes.

Paulo Portas, mais preocupado em garantir o seu futuro e dos seus “caciques” ainda não percebeu que para os Portugueses e para os eleitores mais importante do que tudo isto, é que o CDS-PP precisa de resolver alguns dilemas quanto à sua matriz ideológica - é democrata cristão, é neo-liberal, é conservador, é europeísta ou não, é tudo isso e nada ao mesmo tempo - às suas características - é um partido de quadros ou de bases, prefere uma liderança personalizada ou semi-colegial, é elitista ou populista ? - e à sua estratégia eleitoral - é um partido que fala só para nichos eleitorais (reformados, veteranos da guerra, classe média ou o quê ?), é um partido que pretende abrigar os que se opõem ao “sistema” (como nos tempos de Manuel Monteiro) ou pretende ir à caça em todos os lados, mesmo sabendo que a natureza das coisas lhe impõe um tecto de 6 a 8% em dias bons, com este líder ?

Paulo Portas, terá tido um ciclo na política, esse ciclo, se existiu, já se esgotou, os portugueses e os militantes do seu partido não querem demagogos, os portugueses não querem oposição, pela oposição, os portugueses não querem lideres, os portugueses querem quem apresente propostas, quem faça obra, quem crie condições de vida e desenvolvimento, quem crie mais e melhor riqueza e hoje não restam duvidas os portugueses querem o actual chefe do governo.
Paulo Portas, declinou. E o CDS se não quer declinar com Paulo Portas tem que mudar porque, hoje, no País como no Concelho do Bombarral, não se lhe conhecem nem ideias, nem propostas nem soluções para a resolução dos problemas e dos anseios sociais e económicos da população portuguesa e em particular do Bombarral.
Hoje, não basta dizer que está mal, há que apresentar soluções alternativas e, lamentavelmente no País como no Bombarral, as oposições, não fazem a política a pensar no povo, tudo é feito de acordo com a obra e com interesses mais ou menos encapotados de cada um, a pensar nas eleições seguintes.

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