dezembro 01, 2013

Há um tempo

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
Tenho saudades de ti. Saudades dos nossos momentos... Saudades dos nossos momentos bons e dos maus também. Tenho saudades das nossas conversas sem pé nem cabeça, saudades das nossas discussões. Tenho saudades dos nossos passeios, da nossa vida nada parecida, do teu sorriso quando falavas algo engraçado, da tua cara de ódio, quando mesmo sem querer eu te irritava.
Saudades do nosso amor intenso, único e todo errado, das nossas manhãs, tardes, noites e madrugadas. Tenho saudades do teu ciúme com fundamento e dos sem fundamento também. Saudades dos teus medos e da maneira que eu cuidava deles. Saudades da maneira como tu te preocupavas comigo, saudades da tua fraqueza, que me dava força para ser forte.

Tenho saudades de ser forte e de ser feliz.

novembro 01, 2013

Morreu o Zé da Guiné

Há alguns anos que não estava com ele.
Morreu na sexta-feira o Zé da Guiné, o Zé foi o noctívago mais marcante da vida nocturna e cultural de Lisboa nos anos 1980 e com ele a minha geração. Morreu durante a noite, aos 54 anos.
O Zé da Guiné era um artista que criou ambientes e alterou mentalidades nocturnas. O Zé abriu caminhos a diversões, numa noite de Lisboa que nos anos setenta era fechada, triste e quase clandestina antes do Zé da Guiné e do próprio Manuel Reis, do Frágil e do Lux.
Contra todos os pessimistas estes dois artistas da noite conseguiram abri-la e alegrá-la trazendo-a até aos dias de hoje.
Natural da Guiné-Bissau chegou a Lisboa nos anos 70, depois do 25 de Abril, como eu, o Zé foi um dos primeiros a aventurar-se numa zona de prostitutas e de má fama o Bairro Alto, abriu o Souk, mais tarde o Rock House, que foi depois Juke Box, assumindo várias funções, entre elas a de porteiro.
Com a morte do Zé da Guiné morre a noite de uma geração que veio de Africa e alimentou a noite lisboeta durante duas décadas como ninguém.
O Zé era conhecido de todos, desde clientes a artistas e músicos. Diria mesmo que o Zé foi um símbolo da noite de Lisboa. Era um apaixonado que deixou as suas marcas nas Noites Longas, em Santos, no local onde veio depois a ser instalado o B. Leza e que hoje está fechado, a sua reabertura seria a maior homenagem ao Zé da Guiné. Descansa em paz. 

outubro 20, 2013

Ora vamos lá falar de votos

O PS ganhou as eleições autárquicas e toda a oposição com acento parlamentar teve mais 212.328 votos que nas eleições legislativas. Já os partidos do governo perderam 1.073.671 de votos tendo em conta também os votos das legislativas de 2011.
Numa primeira analise e se considerarmos os 340.769 votos brancos e nulos e os 344.802 dos independentes podemos sempre perguntar:
O PS ri de quê?
O PS festeja o quê?

São mais os votos brancos e nulos obtidos nestas eleições do que aqueles que a oposição ganhou. Temos 685.571 votos entre os não validos e os independentes. Se consideramos que os candidatos independentes vieram da esfera política do PSD, podemos concluir que os partidos do governo perderam em conjunto 728.869 votos mais os dos independentes como é lógico.

Assim o grande vencedor não é o PS nem a oposição mas o povo português que foi unânime em penalizar o governo e perentório ao dizer que não quer o PS para governar.
Se os portugueses quisessem o PS a governar o país teriam dado à oposição o milhão de votos com que penalizou o governo e, isso não aconteceu.

Por isso o PS ri, mais ri de quê?

Cá na minha terra a oposição se por um lado perdeu as eleições autárquicas pelo outro ganhou as “legislativas”. Os partidos do governo tiveram mais votos autárquicos do que a oposição mas tiveram menos 763 votos do que nas legislativas de 2011, sendo que a oposição teve mais 350 votos em relação a essas eleições.
Fica pois aqui no Bombarral uma vitória moral para a oposição ao governo, porque o grande vencedor foram os 55.29% que não votaram em nenhum dos partidos concorrentes a estas eleições e se no Bombarral foi assim, a nível nacional não foi muito melhor pois mais de metade dos eleitores 51.01% não compareceram nem votaram em nenhum dos candidatos a sufrágio. E estes sim foram os que mostraram o quanto é desinteressante a política nacional.


Volto por isso a perguntar? O PS ri, mas ri de quê?

outubro 03, 2013

Silvino Silvério Marques, Gen


Um dia, que esperamos a justiça dos homens não faça esperar muito, será classificado o que se passou no Ultramar Português, e especialmente em Angola, no que se refere à chamada «Descolonização». Nessa altura haverá revelações que multo surpreenderão o nosso povo.

PALAVRAS DO GENERAL SILVINO SILVÉRIO MARQUES, antigo governador de Angola, antes e depois do 25 de Abril, e também ex-governador de Cabo Verde, morreu ontem terça-feira, sem qualquer referência nas nossas televisões, públicas ou privadas.

O General que tinha 95 anos, foi também administrador da Siderurgia Nacional e vogal do Conselho Superior Ultramarino.

Era irmão de Jaime Silvério Marques, um dos membros da Junta de Salvação Nacional, falecido em 1986.

RIP

Bloco de Esquerda

Grande lata. 
O BE Bloco Esquerda perdeu a única câmara que detinha e não conseguiu eleger os seus dirigentes nestas autárquicas. Mas vem a público defender uma vitória contra o governo em vez de se demitirem e fecharem a porta.

setembro 28, 2013

Voto consciente É melhor

Hoje é dia de muito e véspera de pouco.
Dia de muito porque é o dia antes de todas as desilusões e véspera de pouco, porque é sempre pouco o que muda no dia seguinte a uma votação.
Durante as últimas semanas ouvimos, uns mais e outros menos, uma desgarrada de promessas, muitas vãs e mirabolantes, e outras boas de ouvir e acreditar. Porém assistimos ao gastar de dinheiros públicos, sim públicos porque todos os partidos, coligações ou listas independentes que elejam candidatos serão ressarcidos, se não na totalidade, em grande parte das suas despesas pelo erário publico, ou seja por todos nós.
Ouvimos nestas semanas com maior ou menor intensidade de voz um rol de promessas, é tão fácil prometer, e tão difícil o cumprir, mas todos os protagonistas desta campanha procuraram a melhor maneira de cativar o voto para conseguirem alcançar as suas aspirações pessoais, governar o erário publico e governar a sua terra ou a terra emprestada em nome de um bem maior o desenvolvimento.
E nós acreditamos ou não. Eleições como estas são as que mais importam para todos nós, porque são as que nos tocam diariamente á nossa porta, são as eleições que mexem com a nossa terra com as nossas famílias com a nossa gente. Alguns políticos tentaram fazer passar a ideia de que estas eleições eram contra o governo e que era necessário dar um voto contra o governo e, é bem possível que com esta conversa consigam enganar alguns eleitores mais ingénuos ou mais politizados, mas estas não são eleições para eleger ou votar contra o governo, estas são as eleições do futuro da nossa terra é por isso importante que neste dia de reflexão nos lembremos que votar contra o governo pode ser votar num candidato ou candidata que não tem preparação nem conhecimentos para governar uma câmara municipal e os seus conterrâneos durante 4 anos, porque depois da votação não há maneira de dar a volta, quem for eleito é o para 4 anos.
Importante é que neste dia todos possamos refletir no que ouvimos, separando o real do irreal e pensemos em quem tem mais capacidade para gerir os destinos da nossa terra, independentemente do partido a que pertença ou represente.
Não importa a cor política que nos corre no “sangue” importa sim votar com a consciência de amanhã não ter vergonha de dizer sim, sim eu votei neste presidente.

Bom dia

setembro 15, 2013

Um recado! Para ser candidato …

Ser gestor honesto. Por aí começam as características básicas que são imprescindíveis para um candidato a presidente da câmara que resulte num administrador eficaz numa futura gestão municipal.

Além de honestidade, muitas outras características devem ser consideradas.
Em tempo de escolha de futuros autarcas seria bom que o eleitorado começasse a prestar atenção para que a vida pública no futuro não fracasse.
As características de bom candidato a presidente de câmara coincidem em muito com a forma como o cidadão administra também a sua vida pessoal.
Claro que pode ser diferente!
Alguém pode ter administrado bem a sua vida pessoal e fracassar na vida pública. Mas se não se saiu bem na sua gestão pessoal, fica difícil acreditar que será eficaz para tratar da gestão do interesse colectivo.

Um bom candidato a presidente de câmara é também aquele que procura ser auxiliado por pessoas de bem e capazes.
A estrutura administrativa de uma câmara é grande, por isso sozinho não saberá informar-se sobre tudo. Se for mal assessorado, antes como candidato e depois como presidente, com secretários mal-intencionados ou sem qualificação para cada área, a gestão ou a candidatura estará fadada ao fracasso.

No item da composição de gabinetes quer de apoio, á candidatura, quer á presidência muitos fracassam por razões de fator político. É que ao invés de procurar na comunidade local as pessoas mais qualificadas para cada cargo, acabam a satisfazer compromissos com companheiros políticos.
Em razão disso nomeiam pessoas que, em muitas vezes, deixam a desejar.
Um perfil técnico para secretário ou assessor é muito importante para a solução dos problemas de uma candidatura e da autarquia.
E destes nomeados é preciso que o candidato ou o presidente cobre sempre resultados.

Outra característica imprescindível para um candidato a presidente da câmara é que tenha sintonia com a legislação autárquica vigente, hoje muito ampla e exigente. Sem esse zelo e sem estar bem assessorado é difícil fazer cumprir as leis e irá ter grandes problemas, podendo nem terminar o mandato, conforme a gravidade dos erros cometidos.
Candidatos ou presidentes que, diante de situações complexas, tomam decisões precipitadas, às vezes  até no meio da rua, podem ter problemas na sua gestão.
Ter força de vontade e conhecer bem.
Conhecer bem os problemas do seu município, conhecer os problemas económicos, os problemas sociais, os problemas habitacionais, os problemas ambientais, os problemas de emprego e das empresas. Conhecer os seus munícipes e as suas aspirações.
Isso é muito importante para o êxito de uma candidatura e de um mandato.

Um bom candidato, e os seus auxiliares precisam de dedicação exclusiva á candidatura. E se não houver o empenho, muito empenho, muito dificilmente se chegará a um bom resultado. E há exemplos disso.
Um candidato precisa de ter espírito público. Isto é, precisa de ter uma conduta de estar sempre sensível para os clamores da comunidade.
A sensibilidade e o senso de humanidade de um candidato vão fazer com que estabeleça as suas prioridades. Nem tudo será possível fazer ou prometer, daí vem o uso da sensibilidade para enumerar o que é mais urgente para divulgar numa campanha ou na aplicação dos recursos existentes que são sempre insuficientes para tantas necessidades.


Um candidato é alguém com perfil positivo para ser um futuro presidente de câmara e é democrático. Isto significa ouvir as pessoas, assessores, lideranças da comunidade, segmentos sociais, juventude, etc... e as criticas, e compartilhar as decisões, fazendo prevalecer as questões técnicas de cada caso e enquadrando-as de forma a executá-las. 
O planeamento é algo importante tanto para a vida pessoal como para a gestão de uma candidatura. 
Sem planeamento não se consegue bons resultados. Em qualquer início de candidatura é preciso um planeamento estratégico e uma definição de quem usa a palavra como arma de arremesso politico, isto é de quem fala e de quem se cala.
Este planeamento terá de levar em conta as prioridades e a estabelecerem-se cronogramas. Levando-se em conta o volume de propostas e quem as foca para os resultados possíveis.
No ato de contar com mais recursos vale muito a habilidade do candidato em ter expressivos apoios, internos ou externos, que possam angariar popularidade por meio da sua presença.
Todos sabemos que a falta de representatividade política pesa negativamente numa candidatura, por isso é conveniente falar do fracasso de uma gestão municipal que tem início muitas vezes numa campanha eleitoral quando o candidato vende ilusões a respeito do que faria.

Um candidato deve estar sempre bem informado e ter na “mesa-de-cabeceira” as promessas eleitorais feitas por anteriores candidatos quer do seu partido quer dos opositores. Assim lembra o que não foi cumprido e promete o que poderá cumprir.
Um candidato, honesto, nunca esquece o que promete porque depois de empossado, chegam as cobranças e o desgaste.

Para ser um bom candidato as recomendações são muitas. Impossível descrevê-las num só artigo.
Mas, um candidato não questiona, afirma! Um candidato não pergunta, propõe.

setembro 06, 2013

É esta a politica e os políticos que temos ....

Regressámos esta quinta-feira a uma Assembleia Municipal do Bombarral, depois de a termos deixado enquanto membros em 2005.

E regressámos porque pensávamos ser esta, por ser a última, uma das mais importantes e mais eloquentes assembleias dos últimos 65 anos.

E ao dizermos dos últimos 65 anos é porque desde 1948 esta foi a última assembleia municipal onde a Freguesia do Vale Covo esteve presente e representada enquanto freguesia única e autónoma.

Pensámos que íamos ouvir um leque de intervenções politicas sobre o tema, quer por parte das bancadas representadas quer por parte de representantes partidários e candidatos às eleições autárquicas.
Porém nada disto aconteceu. Aconteceu mais uma assembleia com os ataques do costume a lengalenga enfadonha também do costume, mais uma assembleia onde nada se passa e sem qualquer proveito para o concelho e para os munícipes.

E esta é a política e os políticos que temos e que queremos continuar a ter no concelho do Bombarral ?

Desde 1758 que existem referências ao “Vale Covo” enquanto Casais do Vale Covo e essas referências foram-se enraizando até á criação da freguesia, que agora acabou, em 1948.
Esta assembleia deveria ter sido, na nossa opinião, a assembleia da elevação do Vale Covo e das suas gentes, esta assembleia deveria ter proposto e aprovado um voto de louvor á população da freguesia nas pessoas do seu último executivo.
E principalmente deveria ter aprovado e recomendado a este executivo e todos os próximos a lutar pela refundação da freguesia do Vale Covo.

É importante que os munícipes compreendam a razão das assembleias municipais se perderem e se continuarão a perder em discussões estéreis.

Se fizermos uma pequena reflexão sobre as pessoas que têm constituído as assembleias municipais nos últimos 20 anos verificamos, não só na assembleia como na câmara mas é da assembleia que agora falamos, que são sempre as mesmas, salvo raras exceções,
Vejamos ora agora um é o segundo e outro terceiro, ora agora trocam e um é terceiro e outro segundo, acontecendo até algumas transferências entre partidos mas sempre os mesmos.

Como pode uma assembleia funcionar de acordo com os interesses do concelho se as pessoas são as mesmas e de mandato em mandato nada acontece.

Recordamos o prazer de trabalharmos em três assembleias de mandatos e presidentes quer da assembleia quer do município diferentes e é com orgulho que recordamos as críticas que ouvimos, muitas vezes do próprio partido, pela quantidade de propostas de recomendação importantes apresentadas e aprovadas em benefício do concelho.

É o que se espera de uma assembleia municipal, e dos seus membros, que trabalhe em prol dos munícipes propondo e recomendando o que ache de melhor para servir o interesse da população concelhia, independentemente da força politica que representa. O que se espera é que os eleitos hajam como eleitos pelos munícipes para trabalhar para o Bombarral e não para os seus partidos perdendo-se em discussões que em nada beneficiam nem o concelho nem os munícipes que neles votaram.
Uma assembleia não se quer para aprovar cegamente tudo e que emana da câmara municipal mas, uma câmara municipal também não se quer sem ouvir e compreender o que emana da assembleia municipal, o confronto é bom mas a aplicação das melhores soluções encontradas em comum é melhor. O Bombarral agradece e a democracia reconhece.

Muitas vezes damos por nós a pensar por que razão os eleitos, com ou sem maioria, no concelho do Bombarral se dispersam tanto em coisas estéreis e sem qualquer utilidade em vez de se unirem em prol do Bombarral e aplicarem as ideias emanadas de cidadãos e munícipes do Bombarral sem olhar a cores, credos ou partidos.

Fica a esperança de que uma nova geração, quiçá mais evoluída intelectualmente e com maior formação social venha a aproveitar as sinergias geradas por qualquer um dos munícipes deste concelho e as aplique em prol do bem comum, em prol de um concelho melhor e mais solidário.

Quem sabe se os políticos da nossa terra um dia se começam mais a importar com os outros do que com eles próprios.

A política é uma causa pública e quem está numa causa pública tem que ter e manter uma mente aberta á crítica e à proposta apresentada entendendo-a e aplicando-a em benefício dos seus conterrâneos e não a deixando cair só porque não vem do seu lado politico.

Como esta assembleia e os seus membros não o fizeram nós propomos publicamente a atribuição de um voto de louvor a todos os órgãos da junta de freguesia do Vale Covo, agora extinta, nas pessoas do seu último executivo, assim o desejamos, assim o povo o queira.


Passam agora as povoações de Vale Covo, Gamelas, Casal do Urmal, Casal das Pegas, Casal da Cotovia, Casal de Oliveirinha, Casal da Salgueirinha, Casal da Lagoa e Vale Pato a integrar a nova união das freguesias de Bombarral e Vale Covo.

Depois digam que somos má língua ...

setembro 02, 2013

Resposta ao ilustre cidadão bombarralense José Pires Brasão

Caro, José Pires Brazão, apesar de ser da discussão que nascem as ideias e de qualquer um destes “nós” ser livre de discutir e não aceitar imposições de terceiros, vamos, nós se nos permitir, encerrar este assunto.

Os números que publica, na sua resposta, há muito que os conhecemos, assim como, feliz ou infelizmente, a muitas das pessoas que o acompanham nessa candidatura.
E repetimos, não lhes conhecemos qualquer ideia, ou qualquer proposta para o Bombarral, nem sequer lealdade para com o partido que já lhes deu muito.

Há nessa candidatura pessoas que após a reforma de José Guilherme, só apareceram e foram aceites á custa da cara de outros porque sós nunca tiveram essa coragem ou engenho.

Muitos, dos que por ai hoje pululam, foram e são os responsáveis dos números do CDS que o José apresenta na sua carta como justificativo de maus resultados.
È verdade o CDS tem sempre nas suas candidaturas apresentado programas de governo autárquico, bem elaborados, realistas e que apontam metas a atingir de forma sustentada e empenhada. O CDS sempre apresentou propostas delineadas para o desenvolvimento do concelho quer economicamente quer socialmente com propostas sustentadas para o desenvolvimento global em todas as suas vertentes.
O CDS, desde JMRG que tem apresentado programas de governo concelhio, aliás elogiados pelos próprios opositores.

É verdade que se os programas foram de grande qualidade os mesmos não se converteram em votos mas também é verdade que alguns dos que agora o acompanham depois de eleitos se recusaram a defender esses programas, preferindo juntar-se ao poder maioritariamente eleito. E também é verdade que ao longo dos últimos anos, desde o tempo do ex. presidente AAA muitos dos que hoje se apresentam como rostos dessa candidatura estiveram sempre contra as candidaturas do CDS apoiando candidatos de outros partidos, também isso contribuindo para os números que apresenta.

Nessa candidatura justiça seja feita á candidata á união de freguesias Bombarral/Vale Covo que sempre lutou contra a maré apresentado programas bem elaborados e conseguindo sempre ser eleita perdendo, infelizmente, 2 eleições por meia dúzia de votos, tendo no entanto sempre influenciado os destinos de gestão da sua freguesia, diria mesmo que a Dra. Mariana Costa é uma das, senão a mais confiável e respeitável dos candidatos apresentados, sem melindre para ninguém.

Quanto ao problema do trânsito que suscitou a nossa curiosidade, percebemos na sua resposta que no vosso programa de prioridades o mesmo não se refere aos problemas do concelho mas sim aos problemas da Vila, assim consideramos os seus considerandos completamente justificáveis. No entanto não podemos deixar de referir que os principais culpados pelo atual estado do sentido do trânsito são os comerciantes e os munícipes do Bombarral que nada fazem para mudar as situações. Estamos a recordar-nos, sem sermos defensores de ninguém, que quando o antigo presidente Albuquerque Álvaro quis empedrar a pequena rua Joaquim Henriques Furtada, aliás o que na minha opinião só tinha embelezado a zona, os comerciantes levantaram-se e alguns até para a tentativa de agressão partiram.
Caso comerciantes e munícipes e mesmo partidos políticos fizessem chegar propostas á comissão de trânsito, com certeza que muitas delas eram equacionadas e os proponentes ouvidos.

Agora para terminar, gostamos das suas palavras finais: propor a lua não nos daria nenhuma credibilidade.

Mas também pensamos que se durante os últimos 4 anos, as oposições, tivessem iniciado a construção de uma escada através da apresentação de propostas realistas, com credibilidade que os munícipes entendessem como propostas que a ser implementadas melhorariam a sua qualidade de vida social e económica, hoje seria mais fácil acreditar numa mudança e subir os restantes degraus até há lua.

Sem esse trabalho qual é a mudança proposta? Se ninguém conhece uma ideia, uma proposta ou um qualquer trabalho em benefício do bem comum dos principais candidatos que se querem afirmar como mudança uma candidatura não é o 1º é a equipe um homem ou mulher só não dá garantias a quem vota.

Afirmamos mais uma vez que não queremos qualquer mal á sua candidatura, nem a qualquer outras, pois julgamos ser o cidadão mais qualificado para presidir á Assembleia Municipal mas nem sempre o melhor ganha mesmo depois dos arranjos pós eleições.


Felicidades José

agosto 29, 2013

Os bombarralenses não merecem isto. ...

Hoje li o programa de prioridades eleitorais da candidatura do CDS/PP á Câmara Municipal do Bombarral.
Desilusão. 
Fiquei desiludido, diria mesmo fiquei sem palavras com tão pobres prioridades.
Não compreendo como se pode propor aos bombarralenses um programa de prioridades IGUAL ao de milhares de outras candidaturas do CDS/PP pelo país. 
O Bombarral merece uma mudança mas não esta mudança. 
Este programa de prioridades não é mais do que um papel escrito, por alguém em Lisboa ou no Porto sem qualquer preocupação pelos anseios e necessidades dos bombarralenses digo mesmo que quem o escreveu não conhece a realidade do Bombarral nem as suas necessidades económicas e sociais.
Este programa só nos mostra que o CDS/PP só quer chegar ao PODER DO MUNICÍPIO, pois não apresenta uma única proposta de resolução dos problemas do Bombarral.
Nem os comunistas que usam este método, economista, para realizar programas autárquicos para as suas candidaturas nacionais chegam a tanto, pois eles tem em atenção as necessidades de cada autarquia a que concorrem.
No programa apresentado pela candidatura da - MUDANÇA - não há qualquer mudança há isso sim mais do mesmo.
Nunca o CDS do e no Bombarral apresentou uma candidatura com tão fraco programa, isto é, sem qualquer programa eleitoral, diria mesmo que o programa agora apresentado está de acordo com a capacidade de pensamento e inovação de alguns dos candidatos.
Infelizmente outros há que não merecem esta humilhação nem este programa. 

Uma verdade deste programa é: que o Bombarral está nas nossas mãos. Essa sim a realidade de quem vota.
R.I.P.

agosto 12, 2013

As Teias de aranha ...

É realmente incrível quando começamos a observar as listas que nos são apresentadas para escolhermos e elegermos quem governará o concelho do Bombarral no próximo quadriénio.
Algumas conseguimos mesmo comparar com alguns animais, as aranhas, por exemplo, que constroem as suas teias com a mesma habilidade com que alguns políticos constroem e, envolvem e divulgam as suas candidaturas.
Alguns “pseudo” políticos deste concelho estão convencidos e acreditam mesmo que os munícipes se esqueceram do mau serviço que por aqui prestaram quando anteriormente por aqui passaram, alguns ainda acreditam que a arrogância e a parvoíce encapotada em vaidades passageiras são um cartão-de-visita para serem candidatos e atraírem muitos votos.
Pobres candidatos os que não conseguem, hoje, compreender a diferença básica entre um candidato, demagogo possuidor de inteligência abstrata, devido á sua vaidade cega e um candidato possuidor de inteligência concreta, capaz de resolver não apenas problemas pertinentes da realidade momentânea do Bombarral mas também resolver e responder aos anseios da população e do tecido económico do concelho do Bombarral.
Se por um lado é através da palavra que o homem se distingue do animal por outro lado é a obra que o distingue dos seus pares. Se a primeira não falta a quase nenhum dos candidatos já a segunda falta a quase todos os que se nos apresentam como salvadores do estado catatónico em que o concelho se encontra.
Acreditamos que passados quatro anos, aquele que foi o melhor candidato a presidente da câmara depois de José Guilherme, infelizmente não venceu as eleições passadas assim como o que hoje é melhor candidato, infelizmente não o é a presidente da câmara.
Este concelho tem nas últimas duas décadas perdido as melhores oportunidades que algum concelho já teve e isto porque desde 1989 que não tem um gestor no comando dos destinos do município.
A linguagem permite que o homem se distancie do seu mundo e consiga transformá-lo, mas para que essa ideia se complete é necessário compreender como o homem realiza essa transformação. E é através do trabalho delineado e estratégico que ele produz o mundo e a si mesmo.
Infelizmente temos verificado ao longo dos mandatos que toda gama de sinónimos é reduzida cada vez mais para definir os candidatos: pobreza no falar, pobreza no pensar, impotência no agir.”
Nesta teia de aranha, tudo é mais do mesmo e é verdadeiramente irónico o destino e as coisas que a vida e a política nos proporciona. Tudo na política, principalmente no Bombarral, é sempre mais do mesmo de tudo o que sempre existiu, e realmente mais uma vez é assim.
Já ninguém acredita haver qualquer força para uma mudança pois não existe nada nas duas últimas décadas que se possa valorizar ou que nos permita aproveitar para construir o futuro.
Hoje, percebemos quanto o tempo é veloz, nestas últimas décadas umas coisas começaram, outras acabaram, algumas mantêm-se, outras tentam continuar enquanto algumas lutam para começar e outras resistem para não parar, falando assim até parece que tantas coisas aconteceram, tantas coisas passaram e que outras ainda haverão de vir, mas a verdade é que tantas coisas ficaram por fazer, vimos boas pessoas serem abandonadas e ótimas pessoas irem embora. Mas, praticamente, quase todas as pessoas e famílias, políticas, que conheci se desfizeram dos seus ideais eleitorais e esqueceram as tantas promessas que fizeram para defenderem o proveito do seu espaço, e então, damos por nós a olharmos para o tempo que passou a vermos que ainda estamos aqui mas que nada mudou pelo trabalho dessas pessoas e dessas famílias.
E pensamos mesmo, nem nada vai mudar …. Seja pelas pessoas, seja pela força da mudança ou pelas famílias ou seja mesmo pelo valorizar de um passado que não tem qualquer valor.

(ex.tudo)

maio 31, 2013

89 mil milhões

Depois de 25 anos e de 89 mil milhões de subsídios da Comunidade Europeia porque razão Portugal está a passar a maior crise da sua história ?
Para mim, um leigo, esta crise só se deve a falta de estratégia nacional, os fundos recebidos por Portugal e pelos sucessivos governos foram sempre aplicados (?) no seguimento dos interesses eleitorais de cada partido que governou o nosso país.
Em outros países euopeus nunca a mudança de governo fez parar o projectos estratégicos de cada país. Só em Portugal a mudança de governo aumentou sempre as despesas e a mudança dos projectos anteriores. Não tem lógica que os projectos estruturantes não tenham continuação e ou que sejam alterados por meros interesses eleitorais.
Os anos passam e os políticos não aprendem nada para além de tentarem tirar proveitos próprios sem qualquer preocupação pelo bem estar de quem os elege.
Pobre Portugal que tanto tiveste e hoje estás na miséria com um povo a mendigar e a passar fome. Será necessária outra revolução ou o problema foi a revolução ser pacifica ?

janeiro 27, 2013

Desemprego aumenta no concelho do Bombarral


O número de desempregados no Bombarral e no Oeste tem vindo a aumentar ao longo deste ano.
Fica aqui a leitura da evolução do aumento deste flagelo ocorrido durante estes meses. A taxa de desemprego no concelho Bombarral é das maiores taxas de desemprego da região.

Em fevereiro deste ano, os dados, do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), referentes a dezembro de 2011, mostram-nos um agravamento da taxa de desemprego de 46,6% no Bombarral. E a evolução da taxa continua negativa no primeiro trimestre do ano, janeiro, fevereiro e março, com mais desempregados.
Se em dezembro de 2011 os desempregados do concelho já eram muitos, em janeiro de 2012 verifica-se um crescimento em mais 5% que no mês anterior, com uma subida de cerca de uma dezena de desempregados.
No mês de fevereiro foi lançada a medida - Estímulo 2012 - para proporcionar o retorno ao mercado de trabalho de desempregados de longa data dando-lhes formação e adaptando-lhes as competências aos postos de trabalho para promover a melhoria da produtividade e competitividade das empresas.
Esta medida que é para trabalhadores a contratar que estejam há pelo menos seis meses consecutivos inscritos no IEFP, garante 50% do ordenado a pagar, até um máximo de subsídio de 419,22 euros. Este incentivo só é aplicável no caso de novos postos de trabalho e que não serve para a substituição dos despedidos ou dos que se tenham demitido.
Já em abril e maio, o número de desempregados diminui 4,3% no distrito, mas aumenta 0,7% no Bombarral. Em julho e agosto os dados afirmam um aumento de 1% em relação a julho, e de 22,4% em relação ao mesmo mês do ano de 2011.
Mas entre julho e agosto o número de desempregados diminui-o em 6,1% no Bombarral.
Comparando agosto de 2012 com o mesmo mês de 2007, antes do início da crise mundial, o desemprego aumentou em 58,7% no concelho do Bombarral.
No mês de setembro, o número de desempregados volta a subir, e segunda maior subida, no distrito, verificou-se no Bombarral com mais 36 desempregados o equivalente a +5%.
Em termos gerais o número de desempregados aumentou, e o desemprego em relação ao mês de Setembro de 2011 aumentou 45,2% no Bombarral e esta tendência irá continuar durante o ano de 2013 se não forem encontradas soluções, também concelhias para a resolução deste flagelo do início do século.

É muito, mas muito importante inverter esta tendência de aumento do desemprego no concelho do Bombarral senão arriscamo-nos a que o concelho, que já caminha para isso, se torne mesmo num deserto e numa aldeia, pois a saída dos seus habitantes em busca da melhoria das suas condições de vida é uma constante.

Um “concelho” que não criou nem cria oportunidades nem condições de vida para os seus jovens, e para a sua população activa, um “concelho” que não trata dos seus mais antigos munícipes. Não é um “concelho” é o tempo á espera que o tempo acabe.

E depois digam que não avisei. …